Neste sábado (6), o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) foi hostilizado na Feira do Juvevê, no bairro Alto da XV, em Curitiba. Algumas pessoas passaram a gritar contra o ex-ministro do governo Bolsonaro e o criticou por ter tentado mudar seu domicílio eleitoral para o estado paulista.
“Vai para São Paulo”, gritou uma mulher que não foi identificada. O vídeo passou a circular nas redes sociais e ganhou repercussão.
Veja o vídeo:
Sergio Moro sendo vaiado no bairro onde mora o Dallagnol meu Deus pic.twitter.com/qfqmF0mtZX
— JaIrme's Elections Race All Stars (@jairmearrependi) August 6, 2022
A revolta da eleitora não é por acaso. Moro se lançou como pré-candidato à presidência pelo Podemos. Porém, em março, ele deixou o partido e se transferiu ao União Brasil. No entanto, lideranças da sigla articularam para derrubá-lo da disputa para o cargo de presidente, obrigando-o a buscar uma vaga ao Senado.
Só que os problemas não pararam por aí. O ex-juiz tentou mudar seu domicilio eleitoral para São Paulo, mas a Justiça considerou a manobra irregular. Sendo assim, ele precisou retornar para o Paraná e ter sua candidatura ao Senado pelo estado.
Moro ficou conhecido em todo o país por ser o juiz da Operação Lava Jato. Com alta popularidade, recebeu o apelido de “herói” por eleitores que se identificavam com políticos com ideologia de direita. Durante o período, foi o principal algoz do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em 2017, ele condenou o petista em primeira instância no caso do triplex, no Guarujá . No ano seguinte, aceitou o convite para ser ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro. Ele ficou no cargo entre janeiro de 2019 até abril de 2020.
O rompimento ocorreu, segundo Moro, porque o atual presidente da República tentou interferir na Polícia Federal. Pouco tempo depois, conversas dele com procuradores da Lava Jato vazaram, ficando o caso conhecido como Vaza Jato.
A defesa de Lula usou os diálogos como provas para que os processos da operação fossem anulados, o que acabou ocorrendo após decisão do Supremo Tribunal Federal. O ex-juiz também se tornou suspeito pela Corte.
Agora ele busca uma vaga ao Senado, tendo como principal adversário o senador Álvaro Dias (Podemos), seu antigo aliado.
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