A executiva nacional do PT aprovou, em reunião no começo da tarde desta sexta-feira, a manutenção da aliança em torno da candidatura de Marcelo Freixo (PSB) ao governo do Rio, mesmo com a insistência do deputado Alessandro Molon (PSB) de concorrer ao Senado.
Dirigentes que vinham defendendo o rompimento mudaram de posição e agora dizem que não há como alterar o palanque no estado a menos de 60 dias da eleição.
O acordo com Freixo no Rio foi costurado diretamente pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O candidato a presidente petista influenciou na mudança de posição dos dirigentes. Os petistas vão enfatizar que o único candidato de Lula ao Senado é o presidente da Assembleia Legislativa, André Ceciliano, e tentarão isolar Molon.
"É difícil dar um cavalo a menos de 60 dias da eleição, depois que o Lula foi lá, levantou a mão dele (Freixo), com todas as lideranças nacionais do PT tendo declarado apoio a ele. A gente não vai romper a aliança mesmo com o PSB não cumprindo o acordo", afirma o secretário de comunicação do PT, Jilmar Tatto, que defendia o rompimento com Freixo e uma aliança com Rodrigo Neves (PDT).
Washington Quaquá, um dos vice-presidentes do PT, e mais enfático defensor do rompimento da aliança, já havia mudado de posição na quinta-feira .
Os petistas ainda avaliam que Freixo e o PSB se esforçaram para tirar Molon . A decisão de não repassar recursos do fundo eleitoral para o candidato ao Senado também foi elogiada e vista como um sinal de esforço do partido para atender ao pedido do PT.
"A Comissão Executiva Nacional do PT confirma o apoio à chapa Marcelo Freixo (PSB) para governador e André Ceciliano (PT) para senador no Rio de Janeiro. Com Lula e Alckmin, vamos juntos reconstruir nosso Brasil", afirmou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, nesta sexta-feira, em sua conta no Twitter.
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