O ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, de 73 anos, conhecido como Jerominho, foi assassinado a tiros na Estrada Guandu do Sapé, em Campo Grande (RJ), nesta quinta-feira (4). Ele e o irmão, Natalino Guimarães (ex-deputado) foram condenados por serem fundadores da milícia conhecida como Liga da Justiça.
Jerominho era ex-policial civil e ex-vereador do Rio. Ele ingressou na política em 1998, quando concorreu a deputado estadual pelo PSC e não foi eleito. Em 2000, ele conseguiu se eleger vereador pelo MDB, com 20.560 votos. Em 2004 foi reeleito.
Em 26 de dezembro de 2007, durante o segundo mandato (2004-2008), Jerominho foi preso acusado de chefiar a Liga da Justiça, uma famosa milícia da zona oeste do Rio, junto com seu irmão Natalino. O ex-vereador cumpriu pena por 11 anos, entre 2007 e 2018.
Jerominho foi uma das 225 pessoas incriminadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias. A comissão foi criada pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e presidida pelo então deputado estadual Marcelo Freixo (então no PSOL) em 2008.
O ex-policial voltou a ser preso em 27 de janeiro deste ano. Ele era acusado de um crime cometido em 2005 (extorsão praticada com uso de arma de fogo, contra motoristas de van). Foi libertado em 1º de fevereiro, após a Justiça concluir que ele já havia cumprido essa pena.
Em 25 de janeiro, Jerominho tinha anunciado que pretendia disputar as eleições de 2022 e se candidatar a deputado federal pelo Patriota.
Nesta quinta, o ex-vereador foi baleado em frente à instituição que mantinha, na Estrada Guandu do Sapé, zona oeste do Rio, por volta das 15h. Ele foi atingido no abdômen e na perna. Um cunhado do político, que estava ao lado, também foi ferido e segue estável. Jerominho foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Os atiradores fugiram e ainda não foram identificados.
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