A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) foi oficializada candidata a vice-presidente na chapa da emedebista Simone Tebet (MDB-MS).
O anúncio foi feito em evento na sede do PSDB, em São Paulo, que contou também com a presença dos presidentes dos três partidos, MDB, PSDB e Cidadania, além do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e do ex-ministro José Serra (PSDB).
Sentado ao lado de Gabrilli, Tasso disse que seu nome foi levantado em determinado momento pela "generosidade" de seus colegas. Mas que decidiu não tomar uma decisão "precipitada" sem antes "pensar e discutir".
"Percebemos, por pesquisas e consultas, que nada representaria melhor esse momento em que precisamos dar uma reviravolta no momento em que o país vive (do que uma chapa feminina)", disse ele.
Na segunda-feira, em evento com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a senadora já havia confirmado uma chapa feminina para as eleições de outubro . O martelo sobre o nome de Mara foi batido na segunda à noite, em reunião entre os presidentes de PSDB, MDB e Cidadania. Também eram cotadas outras duas mulheres: a senadora Eliziane Gama (Cidadania) e a candidata tucana ao governo de Pernambuco, Raquel Lyra.
O nome de Gabrilli veio à tona após o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) desistir de integrar a composição. Nome preferido de senadora e também dos tucanos, ele se afastou da campanha nas últimas semanas por problemas pessoais e por discordar da estratégia de marketing de Tebet.
Publicamente, no entanto, a candidata emedebista diz que Tasso era uma escolha "do coração", já Gabrilli, "da razão". Isso porque, segundo Tebet, pesquisas qualitativas realizadas pela campanha mostraram que o eleitor tem interesse em conhecer uma candidata cuja vice é uma mulher.
Além de Tebet, a presidenciável do PSTU, Vera Lúcia, também tem uma vice mulher.
Com a chapa feminina, estrategistas de Tebet esperam chamar atenção do eleitorado. A senadora aparece com 2% das intenções de voto na última pesquisa Datafolha e ainda desconhecida da maior parte dos brasileiros.
Gabrilli foi eleita senadora por São Paulo com 6,5 milhões de votos. Antes, ela foi deputada federal por dois mandatos consecutivos, se destacando pela defesa dos direitos das pessoas com deficiência.
Publicitária e psicóloga, Gabrilli sofreu um acidente de carro aos 26 anos, quando quebrou o pescoço e ficou tetraplégica. Em junho de 2018, conquistou um feito inédito ao ser a primeira representante brasileira no Comitê sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da Organização das Nações Unidas (ONU).
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