O ministro Edson Fachin, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), determinou que, em dois dias, o PL explique o gasto de mais de R$ 742 com o impulsionamento de 15 propagandas em vídeo do presidente Jair Bolsonaro (PL) na plataforma YouTube e no Google. A ação do Partido Liberal ocorreu nos dias 23 e 24 de julho, mesmo período em que ocorreu a convenção que confirmou a candidatura do atual chefe do executivo federal à reeleição.
A representação contra a sigla foi feita pela federação Brasil da Esperança, que conta com a união do PT, PCdoB e PV. O Partido dos Trabalhadores também entrou com uma ação própria sobre o caso. Segundo a denúncia, os vídeos impulsionados tiveram mais de 81 milhões de visualizações em três dias.
No pedido, a federação e o PT querem que o TSE, por uma decisão provisória, ordene a “imediata interrupção do impulsionamento pelo representado dos conteúdos". Eles ainda solicitaram a condenação do PL para que seja paga uma multa de R$ 1.484.000,00, além de abertura de inquérito para investigar a utilização do Fundo Partidário pelo PL.
Fachin pediu detalhes por parte do PL para tomar sua decisão. "Faz-se imperioso, portanto, oportunizar a prévia manifestação do representado, estabelecendo-se o contraditório, inclusive para que seja viabilizada a possibilidade de justificação acerca da origem dos recursos financeiros despendidos com o impulsionamento dos conteúdos na plataforma do YouTube. De igual importância a coleta de manifestação da Procuradoria-Geral Eleitoral", diz trecho da determinação.
O ministro ainda solicitou que a Procuradoria-Geral Eleitoral também se posicione sobre o assunto. Após as duas partes se manifestarem, o presidente do TSE concluíra sua análise.
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