O ex-presidente Michel Temer (MDB) afirmou que vê dificuldades em um apoio do seu partido a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no 1º turno das eleições em outubro.
O Partido dos Trabalhadores cobiça o apoio do MDB, do qual o ex-presidente é um dos caciques. Entretanto, ele afirma que algumas falas de petistas contra ele prejudicam as negociações.
“Eles mandam emissários, mas como vamos apoiar se eles falam que é golpe? Se falam que a reforma trabalhista, que eu fiz, é escravocrata? Querem destruir com meu governo”, disse Temer ao portal G1.
Na sexta-feira (22), a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) disse em nota que não quer que sua “honestidade pessoal e política” seja usada por Temer para “limpar” sua “condição de golpista”. A petista se pronunciou depois de Temer dizer que a ex-presidente era honesta, mas não sabia se relacionar.
Temer usou seu perfil no Twitter para rebater a petista. “É tão desarrazoada a manifestação da ex-presidente Dilma Rousseff que não merece resposta”, publicou.
Apesar das farpas trocadas com Dilma, Temer enfatizou que a dificuldade em concretizar a aliança entre PT e MDB vem de antes. Segundo ele, o partido deverá apoiar a candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS).
Apesar da aproximação de Lula com parcela importante do MDB, integrantes da cúpula do partido, e mesmo emedebistas que apoiam o petista afirmam ser improvável que a sigla rife Tebet. “Pelo que tenho ouvido, o partido quer seguir com candidatura própria, não vejo condições para o apoio no 1º turno”, disse.
Em relação ao 2º turno, Temer não descarta a possibilidade do partido apoiar Lula: “Ai é outra conversa, é um outro tempo”.
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