A campanha do presidente Jair Bolsonaro diz que o pente fino feito pelo PL para tentar barrar o boicote da oposição à convenção que oficializará a candidatura à reeleição do presidente diz que identificou ação de robôs nas retiradas dos ingressos. Integrantes da equipe disseram ao GLOBO que foram achados ao menos 15 mil cadastros feitos com os mesmos protocolos de internet (IP) - uma espécie de CPF que identifica o computador. As informações vão ser passadas ao jurídico do PL para compor a representação no TSE para investigar as tentativas de invasão ao site.
Como o GLOBO mostrou, o partido fez uma triagem para evitar uma mobilização de opositores, que incentivaram a retirada de ingressos para esvaziar o evento. Na quarta-feira, o partido informou que quase 40 mil de 50 mil inscrições feitas para a convenção foram canceladas. Horas depois, o PL informou que não cobrará a apresentação de ingresso para participar do evento.
A triagem feita pelo partido usou ferramentas próprias, incluindo de inteligência artificial. Não foram apresentados detalhes de como o processo foi feito. Todos os IPs foram armazenados e serão apresentados à Justiça.
Na manhã de terça-feira, opositores de Bolsonaro passaram a incentivar nas redes sociais a retirada de ingressos. A proposta era esgotar todos os convites, para que os partidários de fato do presidente não consigam ir na convenção, marcada para domingo. Uma estratégia semelhante foi realizada em um evento de campanha do então presidente dos Estados Unidos Donald Trump, em 2020.
A ideia inicial da campanha era disponibilizar ingressos de graça para os apoiadores através do site Sympla. A expectativa da campanha é atrair cerca de 11 mil pessoas para o Maracanãzinho, capacidade máxima do estádio, além de reunir apoiadores do lado de fora.
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