Prestes a ser confirmado como vice na chapa de reeleição de Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro da Defesa, general Walter Braga Netto (PL) , se reuniu nesta quinta-feira com senadores aliados ao governo no Congresso. O presidente quer que o militar se aproxime de parlamentares e atue na interlocução dos estados, compartilhando estratégias de campanha do titular do Palácio do Planalto.
Na conversa, o general pediu aos congressistas que procurassem prefeitos de suas bases eleitorais para reforçar, principalmente, como o governo atuou para socorrer financeiramente os municípios durante a pandemia da Covid-19. A ideia é que estes prefeitos ajudem a reforçar o discurso de campanha de Bolsonaro .
O ex-ministro ainda pediu empenho para divulgar ações do governo voltadas para mulheres . O eleitorado feminino tem sido o foco principal da campanha após pesquisas de intenção de voto mostrarem maior rejeição a Bolsonaro neste grupo .
Participaram do almoço os senadores Wellington Fagundes (PL-MT), Carlos Portinho (PL-RJ), líder do governo na Casa, Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do governo no Congresso, e Carlos Viana (PL-MG). O convite para o encontro foi feito por Fagundes, líder do bloco parlamentar Vanguarda e candidato à reeleição no Mato Grosso.
"E muito importante esse diálogo porque permite que possamos levar o sentimento das nossas bases para o êxito da campanha à reeleição do presidente Bolsonaro", disse Fagundes, líder do bloco parlamentar que conta com o partido de Bolsonaro e o PTB.
Outro ponto tratado pelo ministro foi sobre a reforma agrária. Aos parlamentares, Braga Netto disse que o Movimento Sem Terra (MST) perdeu força por causa da atuação do governo Bolsonaro, que zerou as desapropriações de terra e, em contrapartida, passou a regularizar títulos de propriedades a assentados.
Apresentação
Braga Netto, segundo relatos ao GLOBO, usou a reunião para se apresentar, contou sua trajetória no Exército e se colocou à disposição, mas evitou falar como vice de Bolsonaro na reeleição.
Como mostrou o GLOBO, o ex-ministro da Defesa e da Casa Civil se tornou um subcoordenador da campanha após a campanha diagnosticar que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) estava sobrecarregado. Aos senadores, Braga Netto disse que está elaborando as diretrizes para um eventual segundo mandato, mas disse que o programa já está adiantado. Na ocasião, ele quis saber a opinião dos senadores no estado e disse querer ouvir sugestões para ganhar a reeleição.
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