O presidente da Ucrânia , Volodymyr Zelensky, disse nesta segunda-feira (13) que o "custo humano" da batalha na cidade de Severodonetsk, cujas tropas russas ainda não conseguiram tomar o poder completamente, é "aterrorizante".
"O custo humano desta batalha é muito alto para nós. É simplesmente assustador", disse Zelensky na habitual mensagem no Telegram à população ucraniana.
Segundo Zelensky, "a batalha pelo Donbass será lembrada como uma das mais violentas da Europa", tendo em vista que "até 100 soldados ucranianos" morrem e "500 ficam feridos" diariamente nos combates, conforme dados de Kiev.
"Estamos lidando com o mal absoluto, não temos escolha a não ser ir em frente e libertar nosso território", acrescentou o líder ucraniano, renovando o apelo ao Ocidente para o fornecimento de armas.
Mais cedo, o governador da região de Lugansk, Sergey Gaidai, já havia dito que "entre 70 e 80% da cidade" estava ocupada pelos russos. Além disso, ressaltou que as três pontes que unem Severodonetsk com a cidade vizinha de Lysychansk "foram destruídas".
Hoje, Zelensky chegou a dizer que o governo alemão precisa se decidir sobre seu apoio à Ucrânia. "Precisamos do chanceler [Olaf] Scholz a certeza de que a Alemanha apoia a Ucrânia. Ele e seu governo devem tomar uma decisão", declarou em entrevista à TV pública alemã Zdf.
De acordo com Zelensky, Berlim não deve buscar um equilíbrio entre o apoio à Ucrânia e as relações com a Rússia.
"A Alemanha chegou um pouco depois de alguns países vizinhos em termos de fornecimento de armas. Isso é um fato", acrescentou o presidente ucraniano, fazendo uma comparação entre as posições da Alemanha, França e do Reino Unido, além dos países bálticos e outras nações do Leste Europeu, que teriam sido os primeiros a agir por Kiev.
Antes da entrevista de Zelensky, o chanceler alemão rejeitou novamente as acusações de se mover muito lentamente no fornecimento de armas pesadas para Kiev, apontando que alguns sistemas exigem treinamento das forças ucranianas e que esta fase está em andamento. "Vamos entregar todas as armas que prevíamos", prometeu Scholz, citando pela agência Dpa.
Por sua vez, o embaixador ucraniano em Berlim, Andrij Melnyk, voltou a criticar o governo alemão por sua hesitação, declarando que "é decepcionante que as entregas de armas alemãs estejam chegando muito lentamente".
Além disso, Zelensky anunciou que havia conversado com o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, e o havia "informado sobre a situação atual" na guerra, além de ter agradecido "a assistência de defesa fornecida no combate à agressão russa".
Segundo o líder ucraniano, os dois "discutiram o caminho da integração europeia da Ucrânia". "Contamos com o apoio da Holanda", concluiu.
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