Lula diz ser preciso 'derrotar o fascismo e restabelecer a democracia'

Fala foi feita em lançamento de livro com cartar enviadas ao ex-presidente ao longo dos 580 dias em que ele esteve preso

Lula diz que volta disputar eleição por estar mais indignado do que há 22 anos atrás
Foto: Reprodução
Lula diz que volta disputar eleição por estar mais indignado do que há 22 anos atrás

O ex-presidente  Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta terça-feira (31), acreditar que o povo brasileiro tomou a consciência de que é preciso "derrotar o fascismo" para restabelecer a democracia no Brasil.

A fala foi feita durante o evento de lançamento do livro "Querido Lula - cartas do povo brasileiro", que conta com depoimentos que pessoas enviaram ao pré-candidato à presidência da República durante os 580 dias em que ele esteve preso na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. A publicação reúne 46 textos no total. 

“Eu nunca me senti tão bem, nunca vivi o momento que estou vivendo. Pra mim é um momento primoroso na vida pessoal, na minha relação política e é um momento primoroso na política brasileira. Porque me parece que o povo brasileiro finalmente tomou consciência que nós precisamos derrotar o fascismo e restabelecer a democracia nesse país", afirmou Lula.

No lançamento, que aconteceu no Tuca, teatro da PUC-SP, o pré-candidato do PT também destacou ter mais consiência do que tinha nos seus primeiros mandatos como chefe executivo do país.

“Primeiro, eu tô mais consciente; segundo, eu tô mais maduro; e terceiro, eu tenho a consciência de que é possível fazer mais do que eu fiz porque eu tô mais esperto do que eu era.”


O ex-presidente completou ressaltando que, quando assumiu o governo pela primeira vez, mesmo tendo feito a maior política inclusão da história do país, demorou muito para colocar em prática as ideias que tinha.

De acordo com Lula, a sua volta à disputa das eleições presidenciais se deu por ele estar mais indignado com a atual situação do país do que há 22 anos atrás.

“Eu volto a disputar uma eleição porque a minha indignação é maior do que era há 22 anos atrás. Nós temos a obrigação de ficar indignados quando passamos em viadutos de São Paulo e vemos mulheres e crianças dormindo ao relento. A gente não pode encarar isso como normal", destacou.

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