Quem é Daniel Silveira, deputado alvo de Moraes por ataques ao STF

Deputado é constante alvo de inquéritos do Supremo Tribunal Federal por ataques aos ministros da Corte

Natural de Petrópolis (RJ), Daniel Silveira é conhecido por acumular polêmicas no mundo político

Ex-PM de 39 anos deixou a corporação em 2018 para disputar cadeira na Câmara dos Deputados, onde foi eleito com mais de 31 mil votos. Silveira era filiado ao PSL, mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro (PL) à época, a quem demonstrava apoio.

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Primeira queixa-crime no Supremo Tribunal Federal (STF)

Antes de tomar posse, Silveira ganhou notoriedade ao ameaçar investigar um colégio em Petrópolis por supostamente ensinar "marxismo cultural" aos alunos. A direção da escola moveu um processo contra o deputado.

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Durante campanha de 2018

Silveira também ficou conhecido após quebrar uma placa de rua feita em homenagem à vereadora Marielle Franco, assassinada em março daquele ano.

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Notícias falsas

Em 2020, Silveira voltou aos holofotes depois de virar alvo de um inquérito no Supremo que apura a divulgação de fake news. Mais tarde, também apareceu como suspeito em outra investigação, acusado de incentivar manifestações que pediam o fechamento do STF e do Congresso.

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Em meio a outras acusações

Daniel Silveira foi preso em fevereiro de 2021 após divulgar vídeo atacando os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e dizendo ser favorável ao AI-5, um dos atos mais repressivos da ditadura militar.

Agência Câmara

Detido no BEP (Batalhão Especial Prisional) da PM do Rio

Enquanto estava preso, Silveira deixou o PSL e assinou filiação ao PTB. Depois, conseguiu prisão domiciliar, com o uso de tornozeleiras eletrônicas.

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados - 30/03/2022

Preso novamente

Dois meses depois, o deputado voltou a ser preso em regime fechado até novembro, quando ganhou a liberdade desde que cumprisse medidas cautelares, como afastamento de redes sociais.

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados - 30/03/2022

Novos ataques

Silveira, porém, voltou a atacar os ministros do Supremo no final de março deste ano e Alexandre de Moraes determinou que ele usasse tornozeleiras eletrônicas — o que ele se recusou a fazer, mas acatou sob pena de multa diária de R$ 15 mil e outras medidas cautelares.

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Votação no Supremo

Nesta sexta-feira (1º), a maioria do STF já votou a favor das medidas determinadas por Moraes a Silveira. Além da multa, há possibilidade do bloqueio imediato das contas bancárias do deputado bolsonarista para pagamento da pena, caso ele descumpra as ordens.

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados - 30/03/2022