Posse no ápice da pandemia
O médico cardiologista aceitou o convite de Bolsonaro para substituir Pazuello no Ministério da Saúde no momento mais crítico da pandemia. Naquele mês, 81.253 brasileiros foram vitimados pelo novo coronavírus.
Tentando se equilibrar entre defesa da ciência e o alinhamento a Bolsonaro, o substituto de Pazuello é, até o momento, o ministro que mais durou no cargo. Relembre momentos à frente da pasta:
O médico cardiologista aceitou o convite de Bolsonaro para substituir Pazuello no Ministério da Saúde no momento mais crítico da pandemia. Naquele mês, 81.253 brasileiros foram vitimados pelo novo coronavírus.
Tão logo tomou posse, Queiroga fez um apelo à população para que usasse o equipamento para bloquear a disseminação do vírus. "Na época da Copa do Mundo, a nação se une, se chama Pátria de Chuteira. Agora é Pátria de Máscara".
Em agosto, Queiroga discursou de maneira mais alinhada a Bolsonaro: se manifestou contra a obrigatoriedade do equipamento. "O Brasil tem muitas leis, e as pessoas, infelizmente, não observam. O uso de máscaras tem de ser um ato de conscientização".
Novamente mostrando comungar dos ideais bolsonaristas, Queiroga se opôs às medidas de restrição ao contágio pela Covid-19 e ao passaporte vacinal. "Melhor perder a vida do que a liberdade", disse, repetindo frase do presidente da República.
A CPI da Covid começou em 27 de abril de 2021, cerca de 1 mês depois da posse de Queiroga. O ministro foi convocado em duas oportunidades e evitou discordar de Bolsonaro em temas como o uso do tratamento precoce para covid-19. O relatório final da CPI pediu o indiciamento do ministro por crimes de epidemia com resultado em morte e prevaricação. ...
O ministro entrou em conflito com governadores diversas vezes por não seguirem as orientações do Ministério da Saúde sobre a unificação da vacinação. A maior polêmica foi com o governador de SP, João Doria, que acusou a pasta de atrasar a entrega das doses propositalmente.
Em viagem presidencial aos Estados Unidos, o médico se irritou com manifestantes e fez gestos obscenos com as mãos. Dias depois justificou o erro: 'Parte da natureza humana."
Em 17/09 a pasta anunciou a exclusão de adolescentes sem comorbidades do programa de imunização contra a Covid. Após reação negativa da imprensa e da opinião pública, Queiroga minimizou: "Não sei por que tanta polêmica". A pasta mudou de ideia tempos depois.
O Ministério da Saúde estuda mudar o status da pandemia no país O objetivo seria acabar com a Espin (Emergência em Saúde Pública de importância Nacional). O ministro disse que Bolsonaro tem “pedido um olhar especial” sobre o assunto e afirmou querer ser “o homem que acabou com a pandemia”.
O ministro foi denunciado por profissionais da saúde por supostas medidas antiéticas na saúde. Em resposta, Queiroga disse que a pasta não tem "nada a temer".