Queiroga completa 1 ano na Saúde; relembre marcos e polêmicas

Tentando se equilibrar entre defesa da ciência e o alinhamento a Bolsonaro, o substituto de Pazuello é, até o momento, o ministro que mais durou no cargo. Relembre momentos à frente da pasta:

Posse no ápice da pandemia

O médico cardiologista aceitou o convite de Bolsonaro para substituir Pazuello no Ministério da Saúde no momento mais crítico da pandemia. Naquele mês, 81.253 brasileiros foram vitimados pelo novo coronavírus.

Reprodução%3A iG Minas Gerais

"Pátria de máscaras"

Tão logo tomou posse, Queiroga fez um apelo à população para que usasse o equipamento para bloquear a disseminação do vírus. "Na época da Copa do Mundo, a nação se une, se chama Pátria de Chuteira. Agora é Pátria de Máscara".

Divulgação/Ministério da Saúde

Mudou de ideia: contra obrigatoriedade das máscaras

Em agosto, Queiroga discursou de maneira mais alinhada a Bolsonaro: se manifestou contra a obrigatoriedade do equipamento. "O Brasil tem muitas leis, e as pessoas, infelizmente, não observam. O uso de máscaras tem de ser um ato de conscientização".

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"Melhor perder a vida do que a liberdade"

Novamente mostrando comungar dos ideais bolsonaristas, Queiroga se opôs às medidas de restrição ao contágio pela Covid-19 e ao passaporte vacinal. "Melhor perder a vida do que a liberdade", disse, repetindo frase do presidente da República.

Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil - 19/01/2022

CPI da Covid

A CPI da Covid começou em 27 de abril de 2021, cerca de 1 mês depois da posse de Queiroga. O ministro foi convocado em duas oportunidades e evitou discordar de Bolsonaro em temas como o uso do tratamento precoce para covid-19. O relatório final da CPI pediu o indiciamento do ministro por crimes de epidemia com resultado em morte e prevaricação. ...

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Embate com governadores

O ministro entrou em conflito com governadores diversas vezes por não seguirem as orientações do Ministério da Saúde sobre a unificação da vacinação. A maior polêmica foi com o governador de SP, João Doria, que acusou a pasta de atrasar a entrega das doses propositalmente.

Valter Campanato/Agência Brasil

Gestos obcenos

Em viagem presidencial aos Estados Unidos, o médico se irritou com manifestantes e fez gestos obscenos com as mãos. Dias depois justificou o erro: 'Parte da natureza humana."

Reprodução

Vacinação de adolescentes

Em 17/09 a pasta anunciou a exclusão de adolescentes sem comorbidades do programa de imunização contra a Covid. Após reação negativa da imprensa e da opinião pública, Queiroga minimizou: "Não sei por que tanta polêmica". A pasta mudou de ideia tempos depois.

O Antagonista

Fim da pandemia?

O Ministério da Saúde estuda mudar o status da pandemia no país O objetivo seria acabar com a Espin (Emergência em Saúde Pública de importância Nacional). O ministro disse que Bolsonaro tem “pedido um olhar especial” sobre o assunto e afirmou querer ser “o homem que acabou com a pandemia”.

Reprodução iG Minas Gerais

Alvo de denúncias

O ministro foi denunciado por profissionais da saúde por supostas medidas antiéticas na saúde. Em resposta, Queiroga disse que a pasta não tem "nada a temer".

O Antagonista