Ministro da Comunicações desiste de candidatura ao Senado

Fábio Faria anunciou que vai permanecer à frente da pasta para deixar legado com implementação do 5G

Foto: Alan Santos/ PR
Fábio Faria, ministro das Comunicações, vai ficar na pasta até o fim do ano


O ministro da Comunicações, Fábio Faria , desistiu de ser pré-candidato ao Senado pelo Rio Grande do Norte . A decisão foi anunciada por ele na tarde desta terça-feira (22).

"Permanecerei ministro das Comunicações, não serei pré-candidato ao Senado Federal apesar de estar no meu melhor momento nas pesquisas. Noventa por cento de todas as pesquisas do estado me colocam muito bem posicionado", declarou em coletiva de imprensa.

A saída de Faria da disputa deixa o espaço aberto para o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho . Os dois eram cotados para ocupar esse posto na eleição, com apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Faria afirmou, inclusive, que "em nenhum momento" o chefe do Executivo nacional interveio na decisão. "Todas as vezes que a gente conversou com ele, ele disse: 'vocês dois têm que decidir'", pontuou o ministro, que disse também já ter comunicado sua decisão a Marinho.

Legado nas telecomunicações

Genro do apresentador Silvio Santos, Fábio Faria quer deixar um legado no Ministério das Comunicações. Ele explica que abriu mão da candidatura justamente para ter tempo de implementar o 5G no Brasil .


"Eu ficava muito preocupado em sair do ministério agora em março e não conseguir entregar o meu maior legado, que é o 5G, funcionando. Porque nós fizemos o leilão, mas o 5G só vai estar nas 27 capitais em julho", explicou o ministro. "Eu estava muito desconfortável e acho que era uma atitude... Se eu fosse candidato e saísse antes, eu estaria pensando só em mim. Eu não estava satisfeito com essa decisão", acrescentou.

Todos que pretendem se candidatar nas eleições de 2022 precisarão deixar seus cargos no Executivo até 1º de abril. Além de Rogério Marinho,  outros ministros de Bolsonaro que pretendem concorrer a cargos eletivos são Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Tereza Cristina (Agricultura).

** Ailma Teixeira é repórter nas editorias Último Segundo e Saúde, com foco na cobertura de política e cidades. Trabalha de Salvador, na Bahia, cidade onde nasceu e se formou em Jornalismo pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), em 2016. Em outras redações, já foi repórter de cultura e entretenimento. Atualmente, também participa do “Podmiga”, podcast sobre reality show, e pesquisa sobre podcasts jornalísticos no PósCom/Ufba.