Doria afirma que pode abrir mão de candidatura para viabilizar 3ª via

Doria diz que pode abrir mão de candidatura 'mais adiante' para viabilizar terceira via

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Doria afirma pode abrir mão de candidatura para viabilizar 3ª via

O governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência João Doria (PSDB) afirmou nesta terça-feira que poderá "mais adiante" abrir mão de sua candidatura em nome da viabilidade de uma terceira via. O tucano afirmou que acredita que sua pré-candidatura, junto com a do ex-juiz Sergio Moro e a da senadora Simone Tebet (MDB) formam um "centro democrático" e que as três devem convergir para um único nome no futuro.

Doria participou de um evento promovido pelo banco BTG Pactual com investidores. A declaração foi dada após um questionamento sobre seu desempenho fraco nas pesquisas de intenção de voto, hoje na casa dos 2%.

"Não vou colocar o meu projeto pessoal à frente daquilo que sempre foi a índole, que me fez ter orgulho de ser brasileiro. O meu país, do povo do meu país, é mais importante do que eu mesmo. Se chegar lá adiante e, lá adiante, eu tiver de oferecer o meu apoio para que o Brasil não tenha mais essa triste dicotomia do pesadelo de ter Lula e Bolsonaro, eu estarei ao lado daquele ou de quantos forem os que serão capacitados para oferecer uma condição melhor para o Brasil", disse o tucano.

O governador de São Paulo defendeu, no entanto, que as pré-candidaturas da chamada terceira via se mantenham por enquanto, "até o esgotamento do diálogo pelos líderes partidários". Doria tem apostado numa eventual aliança com MDB e União Brasil para fortalecer sua pré-candidatura.

"Todos os que estão participando têm de manter suas candidaturas. Hoje conversei com a Simone Tebet, por quem tenho muita admiração (...). Ela tem de manter a candidatura, o Sergio (Moro) tem de manter a candidatura dele, a nossa também, (...) até o esgotamento do diálogo pelos líderes partidários (...). Lá adiante, diante das circunstâncias, verificarmos quem pode, quem precisa abrir mão", disse Doria.

O governador disse acreditar que os dirigentes partidários das siglas das três pré-candidaturas "vão encontrar um tema e um ponto em comum para que haja um único" presidenciável.

Doria salientou a recente aprovação, por parte do Cidadania, da formação de uma federação com o PSDB e afirmou que participa das conversas com o MDB e com o União Brasil para a formação de uma aliança com os tucanos, o que fortaleceria sua candidatura.

"O diálogo entre o PSDB agora federado com o Cidadania, o MDB e o União Brasil segue em muito bom tom (...) Essa é a melhor notícia desse processo pré-eleitoral que nós poderíamos ter. Porque se o MDB e o União Brasil (...) fizerem uma federação ou uma coligação, a força política sinérgica que esses partidos têm (é grande)", disse o ex-governador.

Doria disse ainda que, durante a campanha, quer mostrar a imagem do "João carinhoso" e não do político pró-enfrentamento que tem tido em meio às críticas que faz ao governo de Jair Bolsonaro. O governador afirma que as medidas de combate à pandemia que anunciou, como restrições de funcionamento a estabelecimentos comerciais e o uso de máscaras, influenciaram diretamente em sua popularidade baixa.