Lula e Haddad defendem Márcio França após operação policial

A operação apura suspeitas de desvios de recursos públicos da saúde

Foto: Reprodução/Montagem iG
Lula e Haddad (PT)

Após o ex-governador de São Paulo,  Márcio França (PSB) se tornar alvo de uma operação policial nesta manhã de quarta-feira (05), o  ex-presidente Lula (PT) e o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), saíram em defesa de França.

“Nossa constituição é clara sobre a presunção de inocência. Que se investigue tudo, mas com direito de defesa e sem espetáculos midiáticos desnecessários contra adversários políticos em anos eleitorais. Minha solidariedade para @marciofrancasp”, escreveu Lula em suas redes sociais.

A operação apura suspeitas de desvios de recursos públicos da saúde. França teria relação com uma parte dos endereços de cerca de 35 mandados de buscas e apreensão que foram cumpridos. A suposta ligação de Márcio estaria no município de São Vicente, na Baixada Santista, e na Vila Mariana, na Zona Sul de São Paulo. O irmão do ex-governador, Cláudio França, também está entre os investigados.

Haddad também se solidarizou com a situação do ex-governador e disse não ter nada contra a investigação de políticos: "o problema é o espetáculo extemporâneo. Não devemos abdicar do princípio da presunção da inocência. Minha solidariedade a @marciofrancasp e família. Reputação é obra de uma vida. Espero que tudo se esclareça o quanto antes", declarou.

Em um pronunciamento também nas redes sociais, França classificou como “política” e “eleitoral” a operação que é um desdobramento de outras diligências, denominadas de ‘Operação X’, e que apura crimes de lavagem de dinheiro.

“Começaram as eleições 2022. Primeira operação política. Não há outro nome para uma trapalhada, por falsas alegações, que determinadas ‘autoridades’, com ‘medo de perder as eleições’, tenham produzido os fatos ocorridos nesta manhã em minha casa”, disse Márcio.

O ex-governador paulista também declarou que nunca manteve nenhuma relação comercial ou advocatícias com as pessoas que são investigadas.

A operação está sendo comandada pela Polícia Civil, Ministério Público e Corregedoria Geral da Administração, e é um desdobramento da Operação Raio-X, que apura crimes de lavagem de dinheiro, peculato e formação de quadrilha no interior de São Paulo e na Baixada Santista.