Bolsonaro volta a atacar as urnas e diz que eleições serão "limpas"
Durante os atos de 7 de setembro de 2021, Bolsonaro atacou a veracidade das urnas eletrônicas, mecanismo que o elegeu em 2018, e afirmou que queria a volta dos votos impressos
Durante entrevista coletiva a jornalistas que o aguardavam em frente ao Hospital Vila Nova Star, onde estava internado para tratar de uma suboclusão intestinal por não mastigar camarões, Jair Bolsonaro (PL) , afirmou que neste ano as eleições serão "limpas e transparentes" e apontou "fragilidade" no sistema de urnas eletrônicas.
O mandatário justificou que as eleições serão limpas por conta das Forças Armadas, que irão participar de "todo o processo eleitoral". Desde 1996, quando as urnas eletrônicas foram instaladas para realizar as eleições, nunca houve comprovação de fraude.
"E não vai ser com bravata, de quem quer que seja no Brasil, que nós vamos aqui aceitar o que querem impor à nossa população. O brasileiro merece eleições limpas e transparentes e ninguém é dono da verdade aqui no nosso país. Então a lei vai ser cumprida e não teremos, ou melhor, teremos eleições limpas e transparentes, pode ter certeza disso", disse Bolsonaro nesta manhã após alta médica em Hospital de São Paulo , onde estava internado há três dias.
Segundo o chefe do Executivo, o Ministério da Defesa fez interrogou o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o questionando sobre possíveis "fragilidades da urna eletrônica".
"Estamos aguardando a resposta do TSE e do senhor ministro Barroso, pode ser que nos convença que estamos errados. Agora, se nós não tivermos errados, pode ter certeza que algo tem que ser mudado dentro do TSE", afirmou Jair Bolsonaro.
Em 2021, durante os atos antidemocráticos de 7 de setembro, Bolsonaro atacou a veracidade das urnas eletrônicas, mecanismo que o elegeu em 2018, e afirmou que queria a volta dos votos impressos.
O mandatário ainda insinuou que não haveria eleições este ano se o voto impresso não fosse aprovado após afirmar, sem provas, que as urnas eram fraudadas.
Pressionado por sua nova base (aliada ao centrão), o presidente baixou o tom e passou a dizer que as eleições seriam seguras depois que as Forças Armadas foram convidadas a participar do grupo formado pelo tribunal.