Retrospectiva 2021: as 10 frases de Bolsonaro que marcaram o ano

Desde o início de seu mandato, em 2018, o presidente Jair Bolsonaro (PL) é conhecido por suas falas polêmicas. Em 2021, não foi diferente. O chefe do executivo minimizou a pandemia da Covid-19, fez propaganda de medicamentos de eficácia não comprovada contra o coronavírus e descredibilizou as eleições. Entenda →

1 - Máscaras "prejudiciais"

No dia 25 de fevereiro, Jair Bolsonaro disse, sem comprovação, que as máscaras eram prejudiciais. "Começam a aparecer estudos aqui (...) sobre o uso de máscara, que, num primeiro momento aqui, uma universidade alemã fala que elas são prejudiciais a crianças", disse o presidente quando o Brasil bateu 250 mil mortes por Covid-19.

Agência Brasil

2 - "Chega de mimimi vai ficar chorando até quando?"

Em protesto contra o lockdown adquirido por governadores e prefeitos em 4 de março de 2021, em meio a uma nova onda da Covid, Bolsonaro disse: "Nós temos de enfrentar os nossos problemas, chega de frescura e de mimimi. Vão ficar chorando até quando?.”

Reprodução

3 - "Se não tiver voto impresso, não vai ter eleição"

Em declarações no dia 06 de maio de 2021, Bolsonaro criticou as urnas eletrônicas, as mesmas que o elegeram em 2018 e disse ser a favor dos votos impressos, pois as urnas garantiam fraude. "Se o parlamento brasileiro aprovar e promulgar, vai ter voto impresso em 2022 e ponto final. Se não tiver voto impresso, não vai ter eleição”, disse Bolsonaro.

Antonio Augusto/ Ascom TSE

4 - "Querem derrubar o governo? Já disse: só Deus me tira daquela cadeira"

Após tratar de uma obstrução intestinal, na saída do hospital no dia 18 de julho de 2021, Bolsonaro criticou o TSE, defendeu novamente o voto impresso nas eleições de 2022 e disse que só uma intervenção divina pode o tirar da presidência. "Querem derrubar o governo? Já disse: só Deus me tira daquela cadeira".

Isac Nóbrega/ PR

5 - "Brasília é paraíso de picaretas"

No mesmo dia que teve alta do hospital (18/07), Bolsonaro criticou as investigações e denúncias sobre as irregularidades nas negociações de compras das vacinas contra a Covid-19. Além disso, ele defendeu o ex-ministro Eduardo Pazuello e atacou Brasília. "Brasília é o paraíso dos lobistas, de picaretas. Todos pressionavam por vacinas".

MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

6 - "Sai, Alexandre de Moraes, deixa de ser canalha"

Durante os atos anti-democráticos do dia 7 de setembro, Jair Bolsonaro discursou na Avenida Paulista em São Paulo e criticou o ministro do STF, Alexandre Moraes."Sai, Alexandre de Moraes. Deixa de ser canalha. Deixa de oprimir o povo brasileiro, deixa de censurar o seu povo”, afirmou.

FOTO%3A AGÊNCIA BRASIL

7 - "Eu vou tomar hidroxicloroquina e ivermectina e ponto final".

"Se eu for novamente hoje reinfectado, eu vou tomar hidroxicloroquina e ivermectina, ponto final", disse Bolsonaro em 14 de outubro de 2021, em entrevista a uma rádio em Pernambuco. Em março deste ano, a OMS constatou que a hidroxicloroquina e a ivermectina não eram eficazes contra a Covid-19.

Reprodução%3A Redes Sociais

8- "Começam agora a ter a cara do governo as questões da prova do Enem'

Durante a primeira quinzena de novembro, servidores do Inep afirmaram sofrer sofreram pressão psicológica e vigilância velada na formulação do Enem 2021 pelo governo bolsonaro. Em 15 de novembro de 2021, o presidente declarou que as questões do Enem "começam a ter a cara do governo" neste ano.

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9-"Não vou dizer que no meu governo não tem corrupção"

Durante uma declaração no 'cercadinho' do Palácio da Alvorada, Jair Bolsonaro afirmou que no seu governo pode haver corrupção. "Não vou dizer que no meu governo não tem corrupção. A gente não sabe o que acontece muitas das vezes", disse o chefe do Estado no dia 06 de dezembro de 2021.

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10 - "Passaporte da vacina é coleira"

O passaporte da vacina, medida de segurança imposta por governadores e prefeitos, foi chamada de "coleira" por Jair Bolsonaro em 07 de dezembro de 2021. "Por que o passaporte vacinal? Essa coleira que querem botar no povo brasileiro. Cadê nossa liberdade? Prefiro morrer do que perder minha liberdade", criticou o presidente.

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