Ano teve eleição para presidência das casas legislativas, Bolsonaro internado, crise entre Poderes, elegibilidade de Lula e mais; confira a seguir
No primeiro dia do ano, prefeitos e vereadores eleitos tomam posse em mais de 5 mil municípios brasileiros. Em virtude da pandemia de Covid-19, grande parte das cerimônias foram transmitidas online e não tiveram convidados.
Câmara dos Deputados e Senado elegeram no dia 1º de fevereiro Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para as presidências da Câmara e do Senado. Aliados de Bolsonaro, a eleição dos parlamentares marcou a aproximação entre o presidente e o Congresso.
O ministro do STF, Edson Fachin, anulou todas as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, relacionadas à Operação Lava-Jato. A decisão, tomada no dia 23 de março, tornou o ex-presidente elegível em 2022.
No dia 23/03, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) votou por 3 votos a 2 em favor da suspeição de parcialidade do ex-juiz Sergio Moro no julgamento dos processos contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que tramitaram na 13ª Vara Federal de Curitiba. A decisão foi mantida pelo Plenário da Corte três meses depois.
No dia seguinte ao pedido de demissão do Ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva, Jair Bolsonaro demitiu, em 30 de março, os três chefes das Forças Armadas do Brasil: Edson Pujol (Exército), Antonio Carlos Moretti Bermudez (Aeronáutica) e Ilques Barbosa Junior (Marinha).
Em 13 de abril, o Senado Federal abriu uma CPI para investigar gastos e omissões do Governo Federal em relação à pandemia de Covid-19. A comissão se estendeu até outubro. O relatório final pediu o indiciamento de 81 envolvidos, mas, até o momento, nenhuma decisão foi tomada pelo Procurador-Geral da República, Augusto Aras.
O presidente Jair Bolsonaro foi diagnosticado com uma obstrução intestinal e internado em Brasília no dia 14 de julho. Horas depois foi transferido para São Paulo para realizar novos exames. Ele recebeu alta médica no dia 18, sem precisar passar por cirurgia.
Partidos, entidades civis e parlamentares de diferentes campos ideológicos apresentaram no dia 30 de junho, na Câmara dos Deputados, em Brasília, um "superpedido" de impeachment do Presidente Jair Bolsonaro. O documento atribuiu atribui ao chefe do Executivo 23 crimes de responsabilidade cometidos durante o mandato.
O ex-deputado e presidente do PTB, Roberto Jefferson, foi preso no Rio de Janeiro. Ele é acusado pelo Supremo Tribunal Federal de incitar violência contra a Corte e de integrar uma espécie de 'milícia digital' que ameaça as instituições democráticas.
Na data de comemoração da independência do Brasil, o presidente Jair Bolsonaro fez uma série de ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à democracia em discursos na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e na avenida Paulista, em São Paulo. Chamou as eleições de "farsa", disse que só sai da presidência "preso ou morto" e exaltou a desobediência à Justiça.
O ex-ministro da Justiça Sergio Moro se filiou ao Podemos em 10 de outubro e lançou sua pré-candidatura à presidência da República. Durante o discurso de filiação, o ex-juíz da Lava Jato defendeu o combate à corrupção e atacou Lula e Bolsonaro.
Em busca de um vice para sua pré-candidatura à presidência, Lula buscou a aproximação de Alckmin. Os rumores sobre uma eventual chapa presidencial composta pelos dois cresceram e, no dia 15 de novembro, Alckmin anunciou desfiliação do PSDB. O destino mais provável do ex-tucano é o PSB, o que facilitaria a parceria com o ex-presidente.