Ex-candidatas à Presidência abrem mão da corrida ao Planalto

Enquanto se cobra maior representatividade para as mulheres na política partidária, o Brasil tem 11 pré-candidatos à Presidência da República, sendo apenas uma mulher — a senadora Simone Tebet (MDB). Onde estão as lideranças femininas que garantiram espaço na disputa em eleições anteriores? Para obter essa resposta, o iG procurou saber os planos políticos das mulheres que se candidataram ao cargo mais alto do Executivo nos últimos 20 anos.

Marina Silva

Candidata em 2010, 2014 e 2018, Marina não se colocou como opção para 2022 e lamentou a "velha estratégia da polarização" ao falar com o iG por meio de sua assessoria. "Antes de saber quem tem o melhor nome, o brasileiro precisa se perguntar: quem tem o melhor projeto para tirar o Brasil dessa crise política, socioambiental, econômica e de valores?", indagou. A ex-ministra não disse quem irá apoiar, mas ressaltou que tem condições de identificar "qual é a melhor alternativa para o que está posto hoje".

Wenderson Araújo/ Fotos Públicas

Vera Lúcia

Outra que disputou a eleição de 2018 foi Vera, do PSTU. Procurada pelo iG, ela disse que a legenda pretende lançar seu nome ao Palácio do Planalto em 2022, mas antes de bater o martelo na decisão vai debater com os grupos e organizações que compõem o “polo socialista e revolucionário”.

Romerito Pontes/ Divulgação

Manuela D'Ávila

Naquele ano, o Brasil quase teve uma terceira candidata mulher: Manuela D'Ávila (PCdoB). Porém, em um acordo, ela disputou a vice na chapa encabeçada por Fernando Haddad (PT). Dois anos depois, em 2020, a comunista foi ao segundo turno da eleição para a Prefeitura de Porto Alegre, mas perdeu para Sebastião Melo (MDB). Para 2022, os planos dela ainda estão indefinidos.

Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Dilma Rousseff

No próximo ano, o candidato à Presidência pelo PT deve ser novamente o ex-presidente Lula. Dilma Rousseff, que o sucedeu em 2011 mas foi alvo de impeachment em 2016, tentou uma cadeira ao Senado por Minas Gerais em 2018, porém não obteve êxito. Quanto à próxima eleição geral, a assessoria da petista afirma que ela não será candidata a nenhum cargo eletivo.

Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

Luciana Genro

Quando disputou o Palácio do Planalto, Dilma enfrentou apenas duas mulheres: Marina Silva, em suas duas eleições, e Luciana Genro (PSOL), na segunda, em 2014. Luciana atualmente é deputada estadual pelo PSOL de Porto Alegre e pretende concorrer à reeleição para a Assembleia Legislativa do Estado, como confirmado por sua assessoria.

Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

Heloisa Helena

O PSOL, inclusive, já foi representado por outras mulheres na corrida presidencial. Em 2006, o partido concorreu com a ex-senadora Heloisa Helena, hoje filiada à Rede Sustentabilidade. Como porta-voz nacional do partido, ela defende que todos os membros com visibilidade pública, o que a inclui, se candidatem à Câmara dos Deputados. O objetivo com isso é garantir que a sigla supere a cláusula de barreira.

Reprodução/ Facebook PSOL Alagoas

Ana Maria Rangel

Em 2006, quem também se candidatou foi a cientista política Ana Maria Rangel, pelo PRP. Desde que perdeu a eleição para deputada federal pela Bahia, em 2014, ela não voltou a disputar eleições.

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