Bolsonaro compara catástrofe na Bahia a isolamento social da pandemia
Governo informou que vai liberar R$ 5,8 mi para atender às regiões afetadas
Questionado sobre a situação dos moradores que perderam suas posses em razão das fortes chuvas que atingiram o sul da Bahia nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro comparou a situação atual ao isolamento social promovido pelo governo estadual para diminuir o contágio por Covid-19 no ano passado.
Acompanhado de quatro ministros, Bolsonaro sobrevoou na manhã deste domingo as áreas afetadas pelas enchentes e disse que estava no local para prestar solidariedade e auxiliar os governos locais. Questionado durante uma coletiva sobre as ações do governo federal em relação às vítimas, Bolsonaro lembrou as medidas restritivas contra o aumento de casos de coronavírus.
"Também tivemos muitas catástrofes ano passado quando muitos governadores, o pessoal da Bahia fechou todo o comércio e obrigou o povo a ficar em casa. O povo em grande parte informais condenados a morrer de fome dentro de casa. O governo federal atendeu a todos com auxílio emergencial", disse Bolsonaro.
O governo informou neste fim de semana que vai liberar R$ 5,8 milhões para atender às necessidades das regiões afetadas pelas chuvas. O montante será repassado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional a diversos municípios da Bahia. No sul do estado, a pasta a reconheceu a situação de emergência em 17 cidades.
Segundo o ministério, serão liberados R$ 2,1 milhões para Eunápolis, R$ 1,8 milhão para Itamaraju, R$ 543 mil para Jucuruçu, R$ 433 mil para Ibicuí, R$ 260 mil para Ruy Barbosa, R$ 503 mil para Maragogipe e R$ 51,4 mil para Itaberaba.
A Caixa também informou neste domingo que dará suporte às prefeituras para o encaminhamento da documentação para liberação do Saque Calamidade do FGTS.
Durante a entrevista coletiva concedida após sobrevoar as áreas atingidas, o presidente quanto os ministros que o acompanharam, como João Roma, da Cidadania, e Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, destacaram que a visita à Bahia não tinha caráter político.
Apesar disso, em alguns momentos, o governo estadual foi cutucado.
"Agora mesmo em Itamaraju se ouviu da boca do prefeito a dificuldade de cooperação dos órgãos estaduais para ações humanitárias, ações que estamos fazendo sem olhar a quem. O que cabe nesse momento não é disputa partidária, ideológica ou o que seja. É união de forças porque quem precisa ser amparado quer a açao do estado e não quer saber de quem está vindo essa ação", disse o ministro João Roma.