Governador do RJ fala sobre mortes no Salgueiro: "Coisa boa não estavam fazendo"
Claudio Castro também afirmou que chacinas cometidas pelas polícias não são recorrentes no estado carioca
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), falou na tarde desta sexta-feira (26) sobre os nove mortos encontrados no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo. Segundo o mandatário, as vítimas "não estavam fazendo coisa boa".
"Gente, aqui ninguém é criança. Ninguém vai camuflado pro mangue trocar tiro com a polícia de airsoft (uma prática esportiva de tiro com armas não letais). Se foi completamente vestido camuflado trocar tiro com a polícia no mangue, certamente coisa boa não estava fazendo", afirmou o governador.
Segundo as investigações, a polícia do Batalhão de Operações Especiais (Bope), tropa de elite da Polícia Militar, utilizou 60 fuzis durante a operação no Complexo do Salgueiro.
Castro afirmou, ainda, que chacinas policiais não são recorrentes no estado do Rio de Janeiro. "A gente apoia sempre as polícias, mas não apoia por óbvio um erro. Se qualquer agente individualmente errou, será punido. Eu duvido que haja instituição que puna tanto os seus como as polícias do Rio".
Ivan Blaz, porta-voz da instituição, afirmou que "as armas usadas pelos 60 agentes do Bope vão ficar à disposição da Polícia Civil para exame de balística. Queremos transparência nas investigações. Os policiais do 7º BPM (São Gonçalo) começaram a ser atacados na quinta-feira (18/11), quando fechamos cerco à região para impedir roubos de carga".
A declaração ocorreu após a entrega do projeto de Lei Orgânica da Polícia Civil na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).