Valdemar Costa Neto paga secretárias do PL com dinheiro da Câmara dos Deputados
Embora o PL tenha um Fundo Partidário para custear suas despesas, Valdemar Costa Neto, paga duas secretárias que o auxiliam com recursos do orçamento da Câmara dos Deputados
Apesar do Partido Liberal (PL) ter um Fundo Partidário para custear suas despesas, o presidente nacional da sigla, o ex-deputado Valdemar Costa Neto, 'paga' duas secretárias que o auxiliam com recursos do orçamento da Câmara dos Deputados. O PL é a provável nova sigla de Jair Bolsonaro, que busca um novo partido para disputar a reeleição. A informação foi divulgada pela coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles.
Segundo a reportagem, Maria Tereza Buais e Rosane Coimbra trabalham na sede nacional do PL, em Brasília. As duas cuidam da agenda de Valdemar Costa Neto, mas seus salários não são pagos com dinheiro do Fundo Partidário, como seria o correto. Ambas são remuneradas por meio da liderança da sigla na Câmara, onde estão lotadas em cargos comissionados.
De acordo com dados do portal da Transparência da Câmara, Maria Tereza ganha salário bruto mensal de R$ 19,9 mil. Já Rosane recebia R$ 11,6 mil até maio, quando foi promovida e passou a ganhar R$ 15,1 mil brutos por mês.
À coluna, a assessoria do partido afirmou que Maria Tereza e Rosane dão expediente na sede do partido, auxiliando Valdemar, mas ressaltou que as duas também estão "à disposição" do líder da legenda na Câmara dos Deputados, Wellington Roberto (PB), e outros dirigentes do partido.
A prática divulgada pelo jornalista é irregular e pode ser enquadrada como improbidade administrativa e crime de malversação de recursos públicos.
Vale lembrar que Valdemar Costa Neto foi um dos condenados pelo STF no caso do mensalão. Em 2012, a Corte sentenciou o dirigente a 7 anos e 10 meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele foi preso em 2013, mas teve sua pena perdoada pelo STF em 2016.