"Dirigir bêbado não causa mal a ninguém", afirma presidente do Novo em Joinville
Por meio de suas redes sociais, o político realizou a afirmação para defender a "liberdade" em não se vacinar contra o novo coronavírus
Kahlil Zattar, presidente do partido Novo em Joinville, afirmou por meio das suas redes sociais, na última quinta-feira (11), que "dirigir bêbado não causa mal a ninguém". A frase referia-se a uma argumentação do poítico em favor da "liberdade" em não se vacinar. Confira:
Dirigir bêbado também não causa mal a ninguém. A pessoa assume um risco de causar mal e, caso cause mal a alguém, deve ter sua pena agravada. O simples fato de assumir um risco, sem causar dano a terceiros, não é motivo para nenhum tipo de sanção. Liberdade com responsabilidade.
— Kahlil Zattar (@kahlil_zattar) November 12, 2021
Em seu Twitter, o professor e doutor em economia Thomas Conti realizou um paralelo entre a imunização e um aparelho veicular que reduziria acidentes e mortes no trânsito. Ao respondê-lo, Zattar imaginou um suposto cenário onde o professor passaria a "controlar o consumo de McDonald’s da popular, visto que comer produtos da marca todos os dias aumenta o risco de infarto e gera gastos para o SUS".
O acadêmico pontuou que as comparações apresentadas pelo presidente do Novo não eram viávels, pois a situação hipotética traçada não causava danos a terceiros. Foi assim, então, que Zattar afirmou que "a pessoa [ao dirigir bêbada] assume um risco de causar mal e, caso cause mal a alguém, deve ter sua pena agravada". E completou: "O simples fato de assumir um risco, sem causar dano a terceiros, não é motivo para nenhum tipo de sanção". O político, no caso, defendia a "liberdade com responsabilidade".
Por meio de nota, o presidente da sigla em Joinville afirmou que o debate em questão ocorreu apenas de maneira teórica.
"É uma discussão muito antiga e ao mesmo tempo muito atual na filosofia, que está sendo discutida, por exemplo, na exigência de passaporte de vacinação para entrar em determinados ambientes. É uma discussão longa, com múltiplas visões, que podemos conversar com maior profundidade em outra oportunidade", se defendeu o político.