Jefferson critica aproximação de Bolsonaro com "satanista e abominável Xandão"

Dirigente licenciado do PTB escreve nova carta ao presidente e diz estar magoado, pois Jair não foi solidário a ele durante sua internação

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Jefferson critica aproximação de Bolsonaro com 'satanista e abominável Xandão'

Em nova carta ao grupo do PTB, o  ex-deputado Roberto Jefferson, que está preso, voltou a  criticar Jair Bolsonaro (sem partido), e lamenta o "distanciamento" do presidente da República e critica a sua aproximação com o  ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ele criticou a aproximação de Bolsonaro com o "satanista e abominável Xandão", como se refere a Alexandre de Moraes. "Bolsonaro se conspurca falando com Xandão, que ele chamou de canalha na Avenida Paulista".

O dirigente petebista, que anteontem defendia a filiação do vice Hamilton Mourão no partido e opção ao Planalto em 2022, afirma que segue apoiando Bolsonaro, mas que ele "não tem mais seu coração". E diz: "lutarei por ele, mas não darei a vida por ele".

O tom dessa carta de hoje é mais ameno que a divulgada ontem pelo Globo, na qual ele ataca o presidente, seu filho Flávio Bolsonaro e os aliados do Centrão. Chegou a dizer que todos eles se "viciaram em dinheiro público".

Jefferson volta a criticar o senador filho do presidente e o compara a sua filha, com quem está rompido. "Quanto ao Flávio Bolsonaro, ele é a Cristiane Brasil do presidente. É uma figura da velha politica".

O ex-congressista também diz que o presidente não recolhe seus feridos e nunca lhe enviou um cartão sequer lhe desejando saúde. Numa entrevista, recentemente, Bolsonaro disse que tinha conversado cinco vezes com Moraes, depois do 7 de Setembro.


"O Bolsonaro é um homem honrado, mas não recolhe seus feridos. Sequer demonstra solidariedade com seus combatentes. Fiz duas cartas para ele. Nunca o PR (Presidente da República) mandou um cartão dizendo saúde, minha solidariedade. Ao contrário, ele se distanciou de nós e manteve silêncio obsequioso" - escreveu Jefferson no texto dirigido aos correligionários.