Senadores articulam nova CPI para investigar rachadinhas de Jair Bolsonaro

Congressistas discutem a possibilidade de instaurar uma nova comissão após a votação do relatório final da CPI da Covid; serão necessários 27 assinaturas para a abertura do inquérito

Foto: Reprodução
Senadores articulam nova CPI para investigar rachadinhas de Jair Bolsonaro

Congressistas do chamado G7 - grupo majoritário da CPI da Covid com senadores opositores e independentes - articulam para a abertura de uma nova comissão parlamentar de inquérito para investigar as rachadinhas no antigo gabinete do então deputado federal - e agora presidente -  Jair Bolsonaro (sem partido). As informações são da jornalista Juliana Dal Piva.

Os senadores possuem a intenção de coletar as 27 assinaturas necessárias par a abertura de um novo inquérito logo após a votação do relatório final da CPI da Covid.

Em julho, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) protocolou um pedido para que uma nova CPI fosse instaurada para apurar os indícios de entrega obrigatória dos salários dos então servidores do período em que Bolsonaro ocupava uma cadeira no legislativo federal.

"Os fatos são gravíssimos e exigem apuração. O Senado tem legitimidade e estatura para fazer essa investigação, mesmo em um momento tão difícil da nossa história", afirmou Vieira ao protocolar o pedido.

No mesmo mês, o relator da CPI da Covid e senador Renan Calheiros (MDB-AL) buscava solicitar o depoimento de Andrea Siqueira Valle - ex-cunhada de Bolsonaro - que havia revelado que seu irmão foi demitido do gabinete de Jair após o mesmo se recusar em devolver seu salário.


"O André deu muito problema porque ele nunca devolveu o dinheiro certo que tinha que ser devolvido, entendeu? Tinha que devolver R$ 6.000, ele devolvia R$ 2.000, R$ 3.000. Foi um tempão assim até que o Jair pegou e falou: 'Chega. Pode tirar ele porque ele nunca me devolve o dinheiro certo'", disse Andrea.