Datena cogita Senado ou governo de SP: 'Presidência ficou mais difícil'

Com a criação do União Brasil —partido formado pela fusão do DEM e do PSL —, o apresentador acredita que teria dificuldade na disputa das prévias com o ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco

Foto: Isac Nóbrega/PR
Apresentador José Luiz Datena

Após negar sua saída da Band para se candidatar nas eleições de 2022, o apresentador José Luiz Datena admite que pode deixar de lado a tentativa de se tornar presidente da República. Em sua avaliação, a fusão do DEM ao PSL para a criação do União Brasil torna sua candidatura ao Executivo nacional mais difícil e, por isso, ele pode acabar se candidatando ao Senado ou ao governo de São Paulo.

"Ficou um pouco mais complicado (...) A diferença é que eu já havia sido lançado como candidato à Presidência pelo PSL e agora, após a fusão com o DEM, eu vou ter que participar de prévias", disse o apresentador em entrevista ao UOL.

"Se eu me meter em prévia para a Presidência, o Pacheco e o Mandetta me jantam. Pra disputar uma vaga dentro do partido, você precisa ter habilidade política e fazer coisa que eu não sei fazer."

Datena vê com bons olhos a disputa pelo governo de São Paulo pelo União Brasil, uma vez que o partido dispõe de dinheiro para uma grande campanha e tempo de televisão. A vaga pelo partido, porém, pode ficar com Geraldo Alckmin.

"Tenho convite do Patriotas para a Presidência. Mas não dá para enfrentar uma campanha grande dessas sem ter uma estrutura e uma coligação razoável."

Segundo Datena, suas chances de vencer o pleito ao governo de São Paulo são maiores que as de Alckmin (PSDB) e Haddad (PT) pois, segundo eles, ambos estão "desgastados".

"O (Guilherme) Boulos é o adversário a ser batido. Talvez seja o cara mais preparado entre esses todos", avalia.

Já no PDT, o apresentador teria espaço tanto para disputar o governo de São Paulo quanto o Senado. Há, também, um convite para que saia como vice na chapa de Ciro Gomes à presidência , mas Datena afirma que a possibilidade é "remota".

"Não desisti da Presidência ainda, não. Se me derem condição, oportunidade, de disputar a Presidência, eu vou disputar. E vou para o pau."