Aziz ironiza silêncio de empresário e questiona sobre morte de Vargas; vídeo
Danilo Trento usou respondeu que não teve envolvimento com o caso do ex-presidente, Aziz disse que levaria a falta de resposta do depoente como um “sim”
A CPI da Covid desta quinta-feira vem sendo marcada pelo silêncio por parte do diretor institucional da Precisa Medicamentos, Danilo Trento, direito que lhe foi garantido por decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). A atitude irritou os senadores. Logo no início da sessão, a partir da falta de respostas para as perguntas do relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), fez com que o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), ironizasse a situação perguntando se o depoente teve participação na morte de Getúlio Vargas, em 1954.
"Senhor Danilo Trento, eu tenho uma informação. A história diz que o ex-presidente Getúlio Vargas teria se matado. O senhor participou desse evento, da morte dele?", ironizou Omar.
Neste momento, Trento puxou o microfone e respondeu que não. Então, o presidente da CPI afirmou que vai entender que, toda vez em que ficar em silêncio, isso significará um "sim".
Grande parte das respostas dada pelo empresário foi amparada no direito de permanecer em silêncio, concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na noite desta quarta-feira (22). O habeas corpus, assinado pelo ministro Luís Roberto Barroso, também assegura a Trento o direito de não assinar termo de compromisso de dizer a verdade.
O depoente de hoje da CPI participou da morte de Getúlio Vargas?
— Liderança da Minoria na Câmara (@minorianacamara) September 23, 2021
Com o silêncio dele a cada pergunta, essa foi a questão que o Senador Omar Aziz resolveu levantar. Confira: pic.twitter.com/mpGEbf74Wg
Danilo Trento é investigado por ter uma suposta relação com Francisco Maximiano, sócio-administrador da Precisa Medicamentos, que é representante no Brasil da Bharat Biontech, fabricante da vacina Covaxin. A investigação apura ainda o grau de envolvimento comercial do empresário com o suposto dono da FIB Bank, Marcos Tolentino, que o depoente confirmou conhecer há 15 anos. A FIB Bank foi a empresa escolhida pela Precisa para oferecer garantia no contrato de compra da vacina.