Mandetta ironiza atos de 7/9: "Vão defender aumento da fome e desemprego?"
Principais atos a favor do presidente Jair Bolsonaro estão previstos para ocorrer em Brasília e São Paulo
Neste sábado (4), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) ironizou os atos que serão realizados no feriado de 7 de Setembro a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) .
"Você que vai pra rua no 7 de setembro, está indo defender o que, exatamente? O aumento da fome e do desemprego, a gasolina cara, a crise energética, as mansões ou a impunidade do presidente e da família dele?", escreveu ele nas redes sociais.
Você que vai pra rua no 7 de setembro, está indo defender o que, exatamente? O aumento da fome e do desemprego, a gasolina cara, a crise energética, as mansões ou a impunidade do presidente e da família dele?
— Henrique Mandetta (@lhmandetta) September 4, 2021
As principais manifestações com apoiadores do chefe do Executivo serão realizadas em Brasília pela manhã e em São Paulo no período da tarde. Bolsonaro deve comparecer aos dois atos e discursar na Avenida Paulista.
De acordo com o presidente, as manifestações darão uma "demonstração gigante de patriotismo" ao redor do país. "Aqueles 1 ou 2 que ousam nos desafiar, desafiar a Constituição, desrespeitar o povo brasileiro, saberá [sic] voltar para o seu lugar. Quem dá esse ultimato não sou eu, é o povo brasileiro. Povo esse no qual, repito, nós todos políticos devemos lealdade".
Neste sábado, o mandatário também realizou novas ameaças à democracia e aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Em fala aos apoiadores no agreste pernambucano, Bolsonaro defendeu o "enquadramento" de "um ou dois" magistrados e disse que, caso este cenário não ocorra, "a tendência é de ruptura" .
Além dos atos a favor do governo, manifestações contrárias ao presidente estão previstas para ocorrer no feriado de independência do Brasil, em 7 de setembro, e estão confirmadas em ao menos 60 cidades pelo país .
Entidades de direitos humanos comandarão alguns atos e, declaradamente, farão protestos contra a condução do governo federal. Uma parcela da Igreja Católica também participará através do lema "vida em primeiro lugar".