'Bolsonaro sabe que é o único a perder se houver tumulto', diz Lira sobre atos

Presidente da Câmara pede tranquilidade para que crise seja superada

Foto: Reprodução/TV Câmara
Deputado federal Arthur Lira (PP-AL)


O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse na noite desta quinta-feira que o presidente Jair Bolsonaro será o único prejudicado se houver "tumulto" em manifestações convocadas para o dia 7 de setembro .

Os protestos convocados pelo presidente ocorrem em momento de tensionamento com o Poder Judiciário. Os reiterados ataques às instituições se agravaram após Bolsonaro questionar o processo eleitoral e pedir o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Em meio ao ambiente de crise, com o avanço do inquérito das Fake News, em que Bolsonaro é investigado, Lira afirmou que é preciso ter tranquilidade. Ele avisou, porém, que cenas de descontrole poderão ser atribuídas ao chefe do Executivo.

"A polêmica está criada e nós só superaremos ela depois do dia 7 de setembro, com muita tranquilidade. Acho que não há motivo, como venho dizendo, para que se cause espanto de agressão às instituições. O presidente sabe da responsabilidade dele com relação a isso e sabe que é o único a perder se por acaso houver tumulto na manifestação", disse Lira.


O deputado, então, disse esperar que as instituições sejam preservadas de ataques.

"É de se esperar que todos venham, os que vierem para a rua, e façam a sua manifestação com faixas, com cartazes, às vezes com boneco, é da democracia... Não tem problema com relação a isso. Agora, respeito às instituições e com o estado democrático de direito, isso é fundamental". 

Perguntado se havia clima de afronta às instituições, ele disse afirmou esperar manifestações pacíficas.

"Nós esperamos sim que as manifestações ocorram num clima pacífico, de normalidade, de respeito às instituições, ao estado democrático de direito. Manifestação, eu já disse diversas vezes, elas são normais no Brasil desde 2013, nós estamos acostumados a elas. Desde que elas venham pacíficas e respeitosas, não há em absoluto nenhum problema".