Reforma eleitoral: Senado deve rejeitar PEC que resgata coligações, diz Pacheco
Presidente do Senado voltou a se manifestar contra a volta das coligações, mas confirmou que tem compromisso com Arthur Lira para colocar o tema em votação
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou nesta quarta-feira que a tendência na Casa é de rejeição à reforma política aprovada pela Câmara, que retoma as coligações em eleições proporcionais a partir de 2022 , mas garantiu que vai colocar o tema em apreciação dentro do prazo. Segundo ele, "há uma tendência de manutenção do sistema atual" entre os senadores, mas ainda haverá um amadurecimento do tema nas próximas semanas.
"A tendência é de manutenção do sistema político tal como é hoje, um sistema proporcional, sem coligações, com a cláusula de desempenho, para que possamos projetar ao longo do tempo um cenário que vai ser positivo, de menos partidos político e consequentemente de melhor legitimidade da população", disse o presidente a jornalistas, ao ser questionado se a proposta tem chance de avançar.
Ele confirmou que fez um compromisso com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para o tema ser apreciado, mas que não pode garantir que haverá convergência:
"Sim, eu falei com o presidente Lira que, em respeito à Câmara, de um tema que é muito sensível e importante para a população, que tivéssemos esse compromisso do Senado se pronunciar à respeito, não necessariamente convergindo, mas que possa ser submetido ao plenário".
Pacheco também afirmou que a reforma eleitoral será encaminhada inicialmente à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), antes de seguir para o plenário da Casa. O colegiado é comandado por um de seus principais aliados, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP). Ainda assim, garantiu que o tema terá tempo de ser apreciado.
O presidente do Senado voltou a se posicionar contra a mudança no sistema atual, mas disse que é importante a Casa se debruçar sobre o tema dentro do prazo estabelecido, que vai até outubro deste ano.
"É uma Proposta de Emenda à Constituição, deve ser submetida à CCJ, o presidente Davi Alcolumbre deverá, então, pautar essa matéria, e na sequência vem ao plenário. Tudo dentro de um tempo, o mais rápido possível, para que haja um pronunciamento definitivo em relação a essa matéria", declarou.