Lira sobre desfile de tanques em dia de voto impresso: "Trágica coincidência"
Presidente da Câmara dos Deputados alegou não acreditar que desfile tenha relação com a votação da PEC
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, classificou o desfile de tanques de guerra e lança-mísseis em frente a Esplanada dos Ministérios e do Palácio do Planalto, marcado para amanhã (10), mesmo dia da votação da PEC do voto impresso no plenário da Casa , como uma "trágica coincidência de datas”.
“Eu encaro isso como uma trágica coincidência. Não é que eu apoie essa demonstração. É bem verdade que essa Operação Formosa acontece desde 1988 aqui em Goiás, então não é alguma coisa que foi inventada. Mas também nunca houve um desfile na Esplanada dos Ministérios, na frente Palácio do Planalto. Com relação à votação, nós não deveremos ter problema", disse em entrevista ao Antagonista .
O parlamentar afirmou, ainda, que a votação pode ser adiada caso queira a maioria dos deputados. "Eu quero acreditar que este movimento já estava programado. Só não é usual. Não sendo usual, em um país que está polarizado, isso dá cabimento para que se especule algum tipo de pressão", continuou.
O aliado do presidente da República alegou, porém, que Bolsonaro "garantiu" que o desfile das Forças Armadas não tem o intuito de ameaçar o parlamento.
“Eu falei com o presidente, que nos garante que não havia esse intuito, que está convidando a Câmara e o Senado para participar desse convite.”