Bolsonaro está "à beira de ataque de nervos" e tentará dar golpe, diz ex-aliado

Empresário Paulo Marinho (PSDB) rompeu com Bolsonaro e hoje apoia a candidatura do governador de São Paulo João Doria; segundo ele, Bolsonaro tentará "virar a mesa" com o apoio das milícias

Foto: Reprodução O Globo
Presidende Jair Bolsonaro e o ex-aliado Paulo Marinho (PSDB)

Hoje ao lado de Doria, o ex-aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), empresário Paulo Marinho (PSDB) , diz que o chefe do Executivo está à beira de um ataque de nervos por conta das investigações da CPI da Covid  porque sabe que, caso não seja reeleito, corre o risco de ser preso. Segundo ele, o presidente tentará dar um golpe em caso de derrota nas urnas.

"Conheço a peça. O capitão Bolsonaro está à beira de um ataque de nervos. O capitão Bolsonaro vai enfrentar a Justiça. E arrisco dizer que vai ser preso pelos crimes que já cometeu e ainda vai cometer até final do mandato", disse o empresário à Folha de S. Paulo.

"O capitão vai tentar dar um golpe com as milícias, que é o grupo que o acompanha desde o início da sua vida política. Gracas a Deus, esse grupo não tem tamanho para mudar a história da democracia brasileira. Ele acha que tem. Mas não tem."

À Folha, o empresário revelou que Bolsonaro sempre teve dificuldades em se expressar. Ele conta que, durante a campanha, o então candidato não conseguia se comunicar lendo o teleprompter. "Tinha uma dificuldade de ler e falar. Ficava evidente que ele estava lendo."

Paulo Marinho deve colaborar ativamente na campanha do presidenciável João Doria (PSDB), governador do estado de São Paulo . Na opinião do empresário, Bolsonaro nem sequer chegará ao segundo turno e elenca acusações que o candidato à reeleição terá de esclarecer durante a campanha.

"Bolsonaro vai ter que explicar o enriquecimento da família dele, dos filhos e dele pessoalmente. Esse  esquema das 'rachadinhas' está mais do que provado pelo Ministério Público estadual."

"O capitão só não rodou até agora por causa da blindagem jurídica que conseguiu alcançar a nível federal. Além disso, o Adélio não estará em Juiz de Fora em 2022", diz Marinho, se referindo ao episódio da facada que teria catapultado sua candidatura.