Calheiros sobre paralisação da CPI no recesso: "Tem que continuar investigando"
Relator da CPI da Covid defende que a comissão parlamentar não pare durante o recesso de julho do Senado Federal. Está em jogo a possibilidade da CPI esfriar e mesmo de não conseguir ser prorrogada por mais 90 dias
O relator da CPI da Covid , senador Renan Calheiros (MDB-AL) se posiciou na tarde desta quarta-feira, numa rede social, sobre a necessidade da comissão continuar a investigação durante o recesso do Senado Federal, que tem início previsto para 16 de julho.
"A sociedade quer respostas para esse morticínio e não podemos ter recesso. Temos que continuar investigando. As pessoas continuam a morrer no Brasil", escreveu Calheiros. Veja:
Perdemos 131.692 brasileiros desde o início da CPI. A sociedade quer respostas para esse morticínio e não podemos ter recesso. Temos que continuar investigando. A cada dia, nos deparamos com um mar de lama, corrupção, fake news. Isso enquanto pessoas continuam a morrer no Brasil.
— Renan Calheiros (@renancalheiros) July 7, 2021
Mais cedo, o presidente do senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) comentou o assunto, defendendo que a CPI não pode continuar os trabalhos durante o recesso. Ele disse que "não é possível funcionar nenhum órgão da Casa", principalmente se a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) for aprovada até a próxima semana.
Os senadores do G7, principal grupo da CPI, composto de parlamentares independentes e de oposição ao Governo Bolsonaro, temem que a paralisação dos trabalhos esfrie a comissão, tirando-a do foco do interesse público. Além disso, eles também acreditam que o Planalto pode agir no recesso para derrubar a CPI , convencendo senadores a retirarem assinaturas da proposta de prorrogação por 90 dias. A prorrogação precisa de 27 assinaturas. Atualmente, conta com 31. Pacheco disse que só vai analisar o pedido após o recesso.