Davati afirma que Dominghetti tratou com o governo "a pedido", diz jornal
Empresa diz que Dominghetti não representa a Davati e diz não reconhecer "quaisquer discussões que possam ter ocorrido" entre ele e o governo
O responsável pela Davati Medical Supply nos Estados Unidos, Herman Cárdenas, disse que Luiz Paulo Dominghetti Pereira, que depõe à CPI nesta quinta-feira (1º) , não faz parte oficialmente da companhia e foi incluído em negociações de oferta de vacinas da AstraZeneca "a pedido". Ele não explica, porém, quem fez a solicitação. As informações são do Estadão .
Segundo o jornal, Cárdenas disse, por e-mail, que Dominghetti "não é representante ou funcionário" da Davati e que "em nenhum momento" chegou à empresa solicitação para aumentar o preço da vacina.
"Incluímos o nome do Sr. Dominghetti no FCO (oferta) que apresentamos ao governo brasileiro porque nos pediram e presumimos que ele fosse representante deles", afirmou Cárdenas, por e-mail.
Dominghetti disse á Folha de S. Paulo que a empresa tentou vender 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca, quando houve o então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, teria cobrado propina de US$ 1 por dose para que a negociação avançasse.
Em nota inicialmente divulgada pela empresa, a Davati afirmou que "não tem conhecimento de quaisquer discussões que possam ter ocorrido entre o Sr. (Dominghetti) Pereira e qualquer funcionário do governo".