Com agravamento da crise, Planalto fala que suspeitas pairam só sobre servidor
Auxiliares de Bolsonaro já admitem que situação de Ricardo Barros na liderança no governo está fragilizada
Diante do que já é considerada a maior crise da gestão Bolsonaro , o Palácio do Planalto tenta se blindar e quer emplacar o discurso de que as denúncias sobre negociações suspeitas para a compra de vacinas estão localizadas em apenas um servidor no Ministério da Saúde . As novas revelações do caso também obrigaram o governo a rever estratégia inicial de negar prontamente os indícios de irregularidades. A versão, agora, é que todas as denúncias serão investigadas e, se confirmadas, os envolvidos serão punidos.
Interlocutores de Jair Bolsonaro também passaram a admitir que o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), encontra-se em situação difícil. Até o final de semana, integrantes do primeiro escalão do governo negavam que intenção de uma substituição. O melhor cenário, segundo a avaliação no Planalto, seria Barros pedir o afastamento para fazer sua defesa. O líder do governo foi convocado pela CPI da Covid e deverá prestar depoimento na próxima semana.