Planalto tem dificuldade para explicar nova função de Pazuello
Na semana passada, agenda do ex-ministro da Saúde, nomeado para a Secretaria de Estudos Estratégicos, foi tomada por reuniões para apagar incêndio gerado pela crise da Covaxin
A resposta não vem fácil quando se pergunta no Palácio do Planalto sobre o que, de fato, faz o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello à frente da Secretaria de Estudos Estratégicos, cargo para o qual foi nomeado em 1º de junho pelo presidente Jair Bolsonaro. As explicações são difusas como “pensando o Brasil”, “elaborando um projeto sobre Amazônia”, “discutindo estratégias”, “não sei” e até mesmo “nada”.
O prestígio de Pazuello se reflete até mesmo no gabinete que ganhou no Planalto. O general ocupa um cargo de segundo escalão e está subordinado à Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (SAE), comandada pelo almirante Flávio Rocha. A estrutura da SAE fica localizada no anexo ao prédio principal da sede do governo, mas Pazuello foi acomodado em sala no quarto andar, a um lance de escada do gabinete presidencial. A configuração no Planalto costuma ser entendida como uma percepção de influência no poder. Quanto mais perto do terceiro andar, de onde despacha Bolsonaro, maior o acesso e a importância.