Alexandre de Moraes diz que voto impresso causaria "grande risco" para eleições
Ministro do Supremo Tribunal Federal declara que implantação do impresso 'não contribui para a democracia'
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes , defendeu as urnas eletrônicas nas eleições, e questionou os pedidos pela volta do voto impresso.
Em entrevista ao próprio Supremo, divulgada neste sábado (26), Moraes afirmou que a implantação do impresso “não contribui para a democracia”:
“Não me parece que o voto impresso possa vir a contribuir para a democracia, pois corremos um grande risco de se quebrar o sigilo na votação, e isso não é possível. […] Se você me perguntar se é necessário, hoje, para aprimorar a democracia, o voto impresso: não é”, avalia o magistrado.
Apesar disso, o membro do colegiado defende que o tema seja debatido, para que o próprio Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ) possa garantir a segurança da votação:
“É importante, de cara, colocar que a maioria, eu diria, massacrante da população acredita nas urnas eletrônicas. É uma minoria – uma minoria que merece todo respeito para discussão –, mas é uma minoria que coloca em dúvida a legitimidade do voto eletrônico sem apresentar, até agora, uma única prova de fraude”, declara Moraes.
De autoria da deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF), a PEC 135 propõe que uma cédula seja impressa apos a votação na urna eletrônica.
Aprovado na Comissão de Constituição e Justiça ( CCJ ), o projeto será analisado em uma nova comissão.
Todavia, segundo o TSE, nos 25 anos de utilização da urna, não houve nenhuma fraude comprovada.