FHC: Lula faz "política de conciliação", já Bolsonaro faz "política de ódio"

Ex-presidente diz que faz parte do eleitorado que não quer nenhum dos dois na presidência, mas volta a afirmar que votaria no petista em um eventual 2.º turno entre ambos

Foto: Reprodução: iG Minas Gerais
Ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB)

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso declarou nesta sexta-feira (4) em entrevista à TV Democracia que o encontro que teve com Lula (PT) recentemente foi um “gesto de civilidade”,  e que apesar de críticas de membros do partido, não precisa “consultar ninguém” para realizar tais encontros.

“Não foi um gesto politico, foi um gesto pessoal, depois eu vi nos jornais atribuindo que ‘fez isso e fez aquilo’, mas, se possível, eu vou votar no PSDB se houver candidatos que vá até o segundo turno, e espero que haja, mas não vejo razão para essa decepção, eu falo com todo mundo, e não consulto ninguém, nessa altura da vida, o PSDB ou qualquer outro partido, ou autoridade para saber com quem devo almoçar”, declarou o tucano.

Questionado se era um eleitor que não gostaria de apoiar nem Lula , nem Jair Bolsonaro (sem partido) em um eventual 2º turno da disputa presidencial, FHC mais uma vez declarou que votaria no petista.

“Eu prefiro um terceiro (candidato) que não seja nem Lula, nem Bolsonaro, mas se ficar entre os dois, eu votaria no Lula. Não estou dizendo porque acho que o Bolsonaro seja capaz de dar um golpe, mas o Lula pelo menos respeita as regras da democracia, e o Lula teve uma vantagem, ele é um apessoa que nasceu no meio pobre e nunca se esqueceu disso, ele se orienta pelos poderosos, sempre foi assim, mas ele faz uma política de conciliação, já o Bolsonaro faz política de ódio, um contra o outro, o Lula não é de um contra o outro, é de todos nós, é mais brasileiro nesse sentido”, afirma.