Mourão defende punição a Pazuello para "evitar anarquia nas Forças Armadas"

No início da semana, vice-presidente já tinha sugerido que o general deixasse a ativa das Forças Armadas

Foto: Isac Nóbrega/Presidência
Vice-presidente Hamilton Mourão

Ao falar sobre a possível punição ao general Eduardo Pazuello por ter participado de uma manifestação com o presidente Jair Bolsonaro , o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que a aplicação da regra é necessária para evitar que "a anarquia se instaure" nos quartéis.

Mourão minimizou a possibilidade de que o ex-ministro da Saúde escape de uma punição se o comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, assim definir. O presidente Jair Bolsonaro , entretanto, pode reverter uma eventual advertência ou punição.

"A regra tem que ser aplicada para se evitar que a anarquia se instaure dentro das Forças. Assim como tem gente que é simpática ao governo, tem gente que não é. Então cada um tem que permancer dentro da linha que as Forças Armadas tem que adotar. As Forças Armadas são apartidárias, elas não tem partido. O partido das Forças Armadas é o Brasil", afirmou Mourão.

O presidente Jair Bolsonaro irá se reunir com o comandante do Exército e o ministro da Defesa, Braga Netto, para decidir o destino de Pazuello.

No início da semana, o vice-presidente já tinha sugerido a passagem de Pazuello para a reserva das Forças Armadas. Apesar de ter ocupado um cargo no governo Bolsonaro,  o general não passou para a reserva, como foi feito por outros generais do governo.

Mourão também descartou a possibilidade de que o Exército entenda que Pazuello não descumpriu o regulamento disciplinar por ter sido autorizado pelo presidente a participar do ato.

"Esse é um entendimento meio canhestro da coisa, não funciona dessa forma", disse o vice-presidente.