Bolsonaro enfrenta recorde de 50% de rejeição há dois meses, diz pesquisa

De acordo com o estudo do EXAME/IDEIA, avaliação positiva do presidente caiu entre os evangélicos

Foto: Alan Santos/PR
Presidente Jair Bolsonaro (sem partido)

Desde que assumiu o cargo em 2019, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) enfrenta o pior momento de avaliação da população. De acordo com um levantamento realizado pelo EXAME/IDEIA, metade dos brasileiros consideram a gestão de  Bolsonaro ruim ou péssima, e a taxa se mantém há dois meses.

  • Bom ou ótimo: 24%
  • Regular: 22%
  • Ruim ou péssimo: 50%

Para coletar os dados, o EXAME/IDEIA entrevistou 1.243 pessoas por telefone entre os dias 17 e 20 de maio.

Segundo a pesquisa, a avaliação positiva do presidente caiu entre os evangélicos. Em janeiro, 45% dos brasileiros que fazem parte desse grupo consideravam o governo de Bolsonaro ótimo ou bom. Já no novo levantamento, o índice caiu para 39%. Além disso, a avaliação ruim ou péssima ficou em 31%.

A principal razão para a queda na avaliação de Bolsonaro , de acordo com Maurício Moura, fundador do instituto de pesquisa IDEIA, se deve principalmente pela lentidão na vacinação contra a Covid-19 no Brasil. Segundo Moura, a rejeição aumentou entre as classes A e B.

"A gente percebe que ao longo do tempo houve um aumento no índice ruim e péssimo nas classes A e B (53%), de renda mais alta, o que significa uma impaciência em relação ao ritmo de vacinação. A pesquisa também mostra que tanto a expectativa de vacinação quanto o ritmo estão aquém do esperado da população brasileira e isso se relaciona bastante com a atual avaliação e aprovação do governo federal", disse ele à revista  Exame .

"Isso afeta diretamente a popularidade presidencial, é uma variável muito importante na questão da popularidade. E a vacinação também pela expectativa não cumprida", acrescentou.