Bolsonaro disse que se sentiu mal e tomou o "remédio que eu ofereci pra ema"

Presidente evitou dizer "cloroquina" e "ivermectina" com medo da transmissão de sua live semanal ser derrubada

Foto: Reprodução/Youtube
Em live semanal presidente evitou falar nomes de remédios sem eficácia comprovada no tratamento da Covid-19

Nesta quinta-feira (20), durante a live semanal, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) , disse que se sentiu mal na última semana e antes mesmo de consultar um médico, tomou  "aquele remédio contra a malária que eu ofereci pra ema".

O motivo era o temor que a live semanal fosse derrubada pelo Facebook e pelo YouTube. Em outras oportunidades, o YouTube derrubou vídeos em que Bolsonaro defendia o uso de remédios sem eficácia contra a Covid-19. 

Da mesma forma, o presidente se referiu a ivermectina como o "remédio contra vermes" e ainda aproveitou para fazer um ataque político dizendo que a esquerda não o toma porque senão morre

Durante a live, Bolsonaro insistiu que não recomendou o uso de hidroxicloroquina para o tratamento da Covid-19, mesmo tendo promovido sua utilização extensivamente desde o início da pandemia. O presidente ainda sugeriu que a não utilização do remédio pode ser lucrativo para hospitais privados e a indústria farmacêutica.

"O Paciente hospitalizado numa UTI é um paciente que vai gastar muito dinheiro com aquele hospital particular. Não quero que seja isso, mas parece que, pelo menos, pode ser suspeitável isso daí. Prejudica os grandes negócios da indústria farmacêutica no Brasil e no mundo", acusou.