Médico citado por senador já admitiu que Cloroquina não reduz morte por Covid-19

Luis Carlos Heinze voltou a defender o uso do tratamento precoce no tratamento contra a Covid e chamou de "genocida" os que são contrários ao uso de medicamentos sem eficácia comprovada

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Senador Luis Carlos Heinze (PP-RS)

 O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), membro da CPI da Covid , voltou a defender o uso da Cloroquina no tratamento contra a Covid-19, e em sua argumentação, citou o médico francês Didier Raoult, um defensor do medicamento sem eficácia comprovada, para justificar sua posição.

Todavia, em janeiro de 2021, Raoult admitiu pela primeira vez que o medicamento não reduz a mortalidade ou impede o agravamento da doença:

"As necessidades de oxigenoterapia, a transferência para UTI e o óbito não diferiram significativamente entre os pacientes que receberam hidroxicloroquina com ou sem azitromicina e os controles feitos apenas com tratamento padrão", escreveu o médico em nota assinada em conjunto com sua equipe em um jornal francês no dia 4 de janeiro.

Na sessão desta terça-feira (18), Heinze fez diversas menções de defesa ao “ tratamento precoce ”, e classificou como “genocida” quem se diz contra os usos desses medicamentos, que envolvem Cloroquina e Ivermectina.