"Capitã cloroquina" nega silêncio e diz que defenderá tratamento precoce na CPI

A médica Mayra Pinheiro afirmou que o habeas corpus protocolado no STF pede a presença dos advogados durante o depoimento, e não o direito de ficar em silêncio

Foto: Erasmo Salomão/MS
Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde

Conhecida como "Capitã Cloroquina" , a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, a Mayra Pinheiro , disse nesta segunda-feira (17) em entrevista ao Metrópoles que seu maior desejo é "falar" na CPI da Covid. A médica negou que tenha ingressado com  pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para ter direito de ficar em silêncio.

“Eu não entrei com um processo para ficar calada, não. Eu entrei com um processo pra ter direito a levar os meus advogados. O que eu mais quero nessa CPI é falar. É exatamente o contrário. Eu tenho muito interesse de poder falar, para o Brasil, a verdade e o que eu vivo no meu trabalho. Não entrei com a intenção de ficar calada, não, até porque é uma grande oportunidade”, afirmou.

A médica disse que, em seu depoimento, vai defender a cloroquina  – remédio comprovadamente ineficaz para tratar a Covid-19. Ela também pretende defender o aplicativo Trate-Cov , lançado pelo governo para recomendar que médicos prescrevessem o "tratamento precoce"

No habeas corpus, impetrado na noite de domingo (16/5) no STF, os advogados da "capitã cloroquina" pedem que seus advogados possam auxiliá-la durante o depoimento; que ela tenha o direito de não se autoincriminar; e que as partes sejam tratadas com “urbanidade” durante o depoimento.