“Não existe leito ocioso em hospitais das Forças Armadas”, diz Braga Netto
Ministro da Defesa comentou que leitos de UTI passam por rodízio e alegou que o índice de contaminação entre militares é maior
O ministro da Defesa, general Braga Netto , disse em depoimento no Senado nesta quinta-feira (29) que não existem leitos ociosos em hospitais das Forças Armadas . Questionado por senadores, Braga Netto ainda afirmou que o índice de contaminação por Covid-19 entre militares é maior.
"Na realidade, o índice de contaminação dentro da família militar é maior, bem maior do que a da população em geral. O nosso índice de contaminação é maior quando se conta a família militar como um todo, porque a faixa etária da família militar é maior", disse o chefe da pasta.
Segundo Braga Netto, o que existem são leitos em rodízio. "O fato é: não existe hoje leito ocioso nos nossos hospitais. Nossos hospitais estão completos. O leito que está vago é exatamente o do rodízio de quem está na UTI e sai para entrar um pior", completou.
No início de abril, uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo mostrou que os hospitais das Forças Armadas reservam vagas para militares e deixam até 85% de leitos ociosos sem atender civis .
Em resposta à senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), que criticou a mistura de políticas de governo com políticas de Estado e disse haver tentativa de politização das Forças Armadas, Braga Netto disse que há uma ideia equivocada.
"Não existe politização nas Forças Armadas, isso aí é uma ideia equivocada. Houve uma troca de ministros e, por uma questão funcional, houve a troca dos comandantes, por uma questão até de antiguidade", afirmou o ministro.