400 mil mortes por Covid-19: Autoridades lamentam marca e criticam governo
Presidente do STF, ex-ministro de Bolsonaro e políticos da oposição se manifestaram; Governo federal foi alvo de críticas
O Brasil atingiu na tarde desta quinta-feira (29) a trágica marca de 400 mil mortes em decorrência da Covid-19 . Vivendo o pior momento da pandemia, em apenas 36 dias, o país somou uma centena de milhares de mortes.
Diversas autoridades e personalidades do universo político brasileiro se pronunciaram, lamentandoa grave crise sanitária que vive o país e criticando o governo federal, comandado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Impeachment é pouco”, afirma o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ).
Confira declarações de políticos e de autoridades:
O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta , demitido do cargo após divergências com Bolsonaro, lamentou as mortes, e pediu ajuda da ciência "para nos salvar":
400 mil. Não é só um número. Não pode ser. Dentro da crença de cada um, rezem pelo conforto das famílias enlutadas. Fé para nos dar forças, ciência para nos salvar. É o único caminho.
— Henrique Mandetta (@lhmandetta) April 29, 2021
O ex-ministro e presidenciável em 2018, Ciro Gomes
(PDT) culpou a "atitude irresponsável e genocida" pelas 400 mil mortes no país:
Passamos de 400 mil mortes por consequência dessa atitude irresponsável, genocida e que não respeita sequer o luto das famílias. Garanto aos brasileiros que onde quer que eu esteja, nós vamos apurar os responsáveis por esse genocídio e eles vão pagar penal e politicamente.
— Ciro Gomes (@cirogomes) April 29, 2021
O deputado federal Marcelo Freixo
(PSOL-RJ) prestou solidariedade às famílias e culpou o presidente Bolsonaro pelo "extermínio":
🔴 O Brasil acaba de ultrapassar 400 MIL MORTES por covid. Minha solidariedade às famílias despedaçadas pelo o vírus e pelo extermínio promovido por Bolsonaro. Impeachment é pouco, esse bando tem que ir p/ a cadeia.
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) April 29, 2021
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux , na abertura da sessão do plenário, prestou condolências às vítimas da pandemia:
"Gostaria de, ao iniciar essa sessão, manifestar mais uma vez a minha profunda solidariedade em meu nome e em nome de todos os integrantes da Corte às vítimas dessa pandemia que assolou nosso país”.
O magistrado prestou homenagem ao ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Walmir Oliveira, que morreu "lamentavelmente por essa doença" na última quarta-feira (28).
Já o líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon
(PSB-RJ) alertou para o risco de uma "terceira onda" de Covd-19 no país, e cita "tragédia impulsionada pelas omissões do governo federal":
⚫️ Com risco de mais uma onda de infecções, o Brasil chega à triste marca de 400 mil mortos por covid-19, uma tragédia impulsionada pelas omissões do governo federal. Força aos que sofrem com as consequências de tanto descaso! Sairemos dessa juntos.
— Alessandro Molon 🇧🇷 (@alessandromolon) April 29, 2021
Líder do MTST e candidato à presidência em 2018 e à prefeitura de São Pualo em 2020, Guilherme Boulos (PSOL) criticou o andamento "a conta gotas" da vacinação no Brasil" e chamou Bolsonaro de 'covarde':
400 mil mortos. Vacinação a conta gotas. Fome batendo na porta de milhões de brasileiros. O Brasil só volta a respirar quando tirar o covarde que senta na cadeira de presidente.
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) April 29, 2021