“Decisão sobre CPI é interferência não devida”, diz Mourão sobre Barroso
CPI tem como alvo governo do presidente Bolsonaro
Na manhã desta sexta-feira (09), o vice-presidente Hamilton Mourão , disse que a decisão do ministro Luíz Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal ( STF ), de solicitar a instauração da CPI da Covid para avaliar ações do governo Bolsonaro durante a pandemia do novo coronavírus “uma interferência que não é devida”. As informações foram apuradas pelo Metrópoles.
Mourão ainda declarou que a CPI causaria atritos e que o pedido da investigação é um dos recursos usados quando “a corrente minoritária não consegue atingir os seus objetivos”.
“Eu julgo que o que tem acontecido, seguidamente, é que a corrente minoritária, quando não consegue atingir os seus objetivos, busca utilizar o STF. Na minha visão, é uma interferência que não é devida”, defendeu. “Nós estamos vivendo um momento difícil, complicado, que precisa de união de esforços e uma CPI a gente sabe, vai ter discussão, geração de atrito”, ressaltou.
Vice-presidente ainda fez uma comparação do processo com os trâmites jurídicos envolvendo a questão do isolamento social no Distrito Federal . “Mesmo caso, em uma escala menor, que aqui no DF, onde o gestor faz uma avaliação da situação sanitária, econômica, e aí decide: vamos voltar a trabalhar. Aí uma decisão de um juiz ou um desembargador pega e diz ‘não’. Ai como fica a população?”, questionou.