Ministro nega atrito do governo Bolsonaro com as Forças Armadas: "Nada muda"
Fábio Faria, das comunicações, negou que encontro entre militares e alta cúpula do governo foi tensa
O ministro das Comunicações, Fábio Faria
, declarou nesta terça-feira (30) que “nada muda” nas Forças Armadas ( FFAA
) apesar de pela primeira vez na história o comando da Defesa, Exército, Marinha e Aeronáutica serem trocados simultaneamente.
Em entrevista a CNN, Faria afirmou que a informação foi passada pelo novo ministro da Defesa, Walter Braga Netto, que foi confirmado no cargo na última segunda |(29) após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) promover reforma ministerial, trocando o comando de 6 ministérios.
“Sobre as Forças Armadas, eu até tomei o cuidado de falar com o ministro Braga Netto. Ele me mandou dar um recado aqui, porque ele vai falar só após a posse dele, na terça-feira. O ministro Braga Netto disse que nada muda nas Forças. Pelo contrário, as Forças têm um papel dentro da Constituição de hierarquia, disciplina e manter a paz”, disse Fábio Faria na entrevista.
Todavia, informações do jornal Estado de S.Paulo contrastam com a versão do ministro. A publicação revelou que o encontro na manhã desta terça (30) que marcou a saída dos comandantes das Forças Armadas foi tenso, e que o almirante Ilques Barbosa da Marinha pontuou que a mudança no comando fere a imagem da corporação e causa apreensão no país.
“Primeiro, que não houve em nenhum momento hoje pela manhã, na reunião com os três comandantes. Não houve isso de que o comandante da Marinha tenha falado alto ou que tenha havido algum tipo de discussão. Foi uma reunião altamente calma, tranquila, serena”, diz o ministro em sua versão.
O responsável pelas Comunicações também defendeu o presidente Bolsonaro e rechacou a informação de que ele demitiu o então ministro da defesa, Fernando Azevedo e Silva por querer maior proximidade com a FFAA. “O presidente é militar, a relação dele com os militares é muito próximo. Óbvio que até numa relação familiar você tem algum tipo de conflito, isso é normal”, finaliza.
(Sob supervisão de Valeska Amorim)