Lula chama Bolsonaro de genocida e fala que combate contra covid é a '3° Guerra'

Ex-presidente voltou a criticar a atuação do governo Bolsonaroem relação à pandemia de Covid-19. Lula disse que o povo brasileiro "nunca" sofreu como agora

Foto: Reprodução/Flickr
Lula chama Bolsonaro de genocida e fala que combate contra covid é a '3° Guerra'

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar a atuação do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) em relação à pandemia de Covid-19. Em entrevista ao jornal francês "Le Monde", Lula chamou o presidente Bolsonaro de "genocida" e disse que o combate à pandemia é como a "3ª Guerra Mundial".

"Comecei na política nos anos 1970 e nunca vi meu povo sofrer como hoje. Pessoas morrendo nos portões dos hospitais, a fome voltou. E, diante disso, temos um presidente que prefere comprar armas de fogo ao invés de livros e vacinas. O Brasil é chefiado por um presidente genocida. É realmente muito triste", disse Lula.

O ex-presidente falou que o combate à pandemia é como uma "guerra" e que os países ao redor do mundo deveriam juntar forças para ganahr. "Apelo ao Presidente Emmanuel Macron: chame o G20. Ligue para Joe Biden, Xi Jinping, Vladimir Putin e o resto! Estamos em guerra, é a terceira guerra mundial e o inimigo é muito perigoso! A vacina não deveria ser um produto de mercado como é hoje, mas se tornar um bem comum da humanidade", afirmou.

Eleições de 2022

Perguntado sobre o próximo pleito presidencial, Lula se esquivou, mas disse que se a esquerda conseguir formar uma frente forte, ele não vê problema em concorrer. Para ele, o mais importante é não deixar Bolsonaro vencer.

"Em 2022, na época das eleições, terei 77. Se eu ainda estiver em grande forma, e for estabelecido um consenso entre os partidos progressistas deste país para que eu seja candidato, bem, não verei nenhum problema para estar! Mas eu já fui candidato, já fui presidente e cumpri dois mandatos. Também posso apoiar alguém em boa posição para vencer. O mais importante é não deixar Jair Bolsonaro governar mais este país", disse.