"Não" de Ludhmila Hajjar repercute no Senado e na Câmara; veja
"Governo continuará a não priorizar vidas", lamenta Rodrigo Maia após recusa de médica
Em meio a pressão para a saída de Eduardo Pazuello do ministério da Saúde, a recusa da médica Ludhmila Hajjar ao cargo nesta segunda-feira (15) repercutiu no universo político.
Nomes de diferentes espectros políticos, como Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e Joice Hasselmann (PSL-SP), criticaram a gestão do governo Bolsonaro em frente a pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2).
A cardiologista, cotada para ser a 4ª ministra da pasta durante a pandemia, revelou ter sido vítima de ameaças de morte após a notícia de que poderia assumir o cargo. “Fiquei assustada”, revelou.
Confira a repercussão:
Tabata Amaral
(PDT-SP) postou uma foto ao lado de Ludhmila, e criticou o “negacionismo e maquina de ódio” de Bolsonaro, que segundo ela, fizeram com que o país perdesse “uma profissional séria e competente”:
O país inteiro perde quando o negacionismo de Bolsonaro e a sua máquina de ódio minam a possibilidade de termos uma profissional séria e extremamente competente à frente do combate à pandemia. Dra Luhdmila, minha admiração pela pessoa e profissional que você é só aumenta. Força! pic.twitter.com/F7uoHj8uv2
— Tabata Amaral (@tabataamaralsp) March 15, 2021
O ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), classificou como “triste e lamentável" a política 'negacionista' do governo federal:
Mais uma vez, o trabalho do gabinete do ódio foi efetivo em prejudicar a imagem de alguém que seria tão importante para o nosso país neste momento da pandemia. Prevaleceu a política negacionista. O governo continuará a não priorizar vidas. Triste e lamentável.
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) March 15, 2021
Por outro lado, o deputado Marcos Feliciano (PSC-SP) foi em defesa do presidente Jair Bolsonaro, e acusou Ludhmila de ser "uma inflitrada", que quer ser "um novo mandetta":
A tal da médica sair atirando de onde sequer entrou só mostra que nos livramos de um novo Mandetta. Uma infiltrada a serviço da oposição.
— 👊🇧🇷 Marco Feliciano (@marcofeliciano) March 15, 2021
Para Joice Hasselmann
(PSL-SP), ex-líder do governo na Câmara, é “óbvio” que Ludhmila Hajjar não ter aceito convite para assumir o ministério, pois contrasta com o perfil do presidente, que segundo a deputada, Bolsonaro “quer um fantoche de cloroquina”:
É óbvio que a séria e competente Ludmila Hajjar não aceitaria ser ministra do governo de @jairbolsonaro . Ele não quer a ciência. Não quer vacina. Ele quer um fantoche da cloroquina que repita que seus erros crassos - que causaram milhares de mortes - são acertos.
— Joice Hasselmann (@joicehasselmann) March 15, 2021
Humberto Costa , líder do PT no Senado Federal, dispara que “Bolsonaro entregou o país ao vírus”:
Quem ataca uma médica respeitada que não nega a ciência e luta pelo bem do Brasil, está atrás do que exatamente? Bolsonaro disse que esse ataque “Faz parte”. Seguimos sem ministro da saúde na pandemia. Bolsonaro entregou o país ao vírus.
— Humberto Costa (@senadorhumberto) March 15, 2021
“Ele quer um capataz que faça o trabalho sujo”, avalia o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) , sobre o próximo ministro da Saúde de Bolsonaro:
Bolsonaro não quer um ministro da Saúde, ele quer um capataz que faça o trabalho sujo e execute a sua política negacionista e irresponsável s/ questionar, como fez Pazuello. O responsável pela nossa tragédia é o presidente, que sempre boicotou a vacina e o combate à pandemia.
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) March 15, 2021