Eduardo Bolsonaro se despede de comissão exaltando príncipe acusado de tortura
Mohammed bin Salman responde pelo assassinato e mutilação de jornalista. O parlamentar ainda o premiê de ultradireita da Hungria Viktor Orbán
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) exaltou nesta sexta-feira (12) o príncipe da Arábia Saudita Mohammed bin Salman, acusado de assassinar e mutilar o jornalista Jamal Khashoggi, que era crítico de seu regime. O agradecimento foi feito pelo parlamentar em sua despedida do comando da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
Em sua fala, Eduardo também agradeceu o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán , de ultradireita e que vem atuando contra a oposição e a imprensa local. O deputado chamou o premiê de "referência".
A Comissão elegeu na manhã de hojeo deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) para a presidência do órgão em 2021. O tucano teve 25 votos a favor e seis contrários. Aécio substituirá o filho de Bolsonaro após dois anos, já que não houve troca em 2020 devido à pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).
Eduardo também exaltou a atual relação do Brasil com Israel, que ele afirma ter sido duramente abalada durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) na Presidência. Durante a administração petista, o governo recusou as credenciais do embaixador israelense designado para atuar no Brasil.
"A nossa política externa rompeu com vícios e atrasos e hoje prioriza os verdadeiros interesses nacionais. Os resultados são tangíveis apesar da campanha sórdida levada a cabo especialmente no exterior, não contra esse governo, mas contra o país", afirmou o deputado.
"Sim, a imagem do Brasil lá fora tem sido objeto de uma ofensiva perpetrada por aqueles que se proclamam democráticos, mas que não aceitam a vontade expressa nas urnas em 2018 por quase 60 milhões de brasileiros", completou.